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Cidades

Ação contra jogatina em MS ainda ouve testemunhas

Redação | 05/08/2010 17:18

Mais de três anos depois da Operação Xeque-Mate, o processo que corre na Justiça Federal de Mato Grosso do Sul contra oito acusados de formação de quadrilha e contrabando de componentes de máquinas usadas em casas de jogatina ainda não está nem na metade do andamento.

Entre os réus, estão o ex-deputado estadual, ex-presidente da Assembleia Legislativa, ex-deputado federal e ex-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul Gandi Jamil Georges. Também são réus na ação o filho do empresário Jamil Name, Jamil Name Filho, e Andrey Galilei Cunha, preso várias vezes por envolvimento em exploração de casas de jogos de azar em Campo Grande, inclusive depois da Xeque-Mate.

A ação ainda está na fase de depoimento da testemunhas de defesa e como há pessoas a serem ouvidas em outras localidades, não há previsão de quando isso termine. Foram arroladas pelas defesas testemunhas a serem ouvidas na Bolívia, em Ponta Porã (MS) e em Santo André (SP).

Depois da fase de depoimento das testemunhas de defesa, todos os réus serão interrogados novamente. Só depois disso, acusação e defesa receberão prazo para apresentarem suas alegações finais e o caso estará pronto para a sentença do juiz responsável, Dalton Kita Conrado, da 5ª Vara da Justiça Federal,

Nesta tarde, ele ouviu seis testemunhas de defesa, dos acusados Jamil Name, Michel Youssef e Gandi Jamil.

Confiança - O advogado de Gandi Jamil, Josephino Ujacow, considera que não há provas para condenar seu cliente. "Há apenas indícios, e eles são insuficientes para condenaer alguém, pois para isso são necessárias provas, sob pena de se cometer injustiça".

Entre esses indícios, há gravações telefônicas em que Gandi parece estar sendo pressionando por um fornecedor de componentes para máquinas.O processo é sigiloso.

Desde que começou, em 2007, um dos envolvidos já morreu, o empresário Raimondo Romano, proprietário da Multiplan, empresa que explorava jogos. Ele foi assassinado no bairro de Santo Amaro, em São Paulo.

Além do processo na esfera federal, a operaçãoXeque-Mate, desenvolvida pela Polícia Federal, em Mato Grosso do Sul e outras regiões, também resultou em processos na justiça estadual, por contravenção, que ainda estão em andamento. Mais de cem pessoas à época foram acusadas de envolvimento com a jogatina.

Além de as ações ainda não terem sido finalizadas, as constantes apreensões de máquinas caça-níqueis em Campo Grande demonstram que o jogo continua sendo explorado.

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