Ação da polícia em acessos da Colônia reduz assaltos
Após a desastrosa operação na quarta-feira em que um carro foi queimado e policiais tiveram que correr dos detentos da Colônia Penal Agrícola de Campo Grande, a PM (Polícia Militar) mudou de tática e fez durante o fim de semana operações no entorno do local, interditando os acessos à unidade penal. Conforme a própria assessoria de comunicação da PM, a ação deu bom resultado: o Ciops (central que concentra as informações da polícia) não registrou nenhum assalto à pessoa na madrugada de sábado para hoje. Nas madrugadas de sábado são registrados costumeiramente de 8 a 12 assaltos.
Na noite de sábado, a operação realizada pela Operação Ciclone com o apoio do Cigcoe, durou 3 horas e meia e abrangeu o bairros Nova Campo Grande, Jardim Carioca, Jardim Romano, Sayonara, Sarandi e imediações. No período, eles recapturaram um evadido: Juscimar Martins de Souza.
Durante a operação, foram abordados 20 veículos de quatro rodas, 12 motocicletas e 126 pessoas a pé ou de bicicleta. Foram lavrados ainda dois autos de infração e dois veículos foram removidos para o Detran. Também foram vistoriados quatro bares, três deles foram fechados pelo descumprimento da lei seca.
Já na operação de ontem, a polícia prendeu oito no entorno da Colônia Penal. O problema daquela unidade penal é antigo. A Polícia Militar costuma encontrar armas brancas, celulares, baterias, drogas e bebidas no lugar. Até mesmo prostitutas já foram encontradas ali.
Parte dos crimes praticados em Campo Grande é atribuída a presos da Colônia Penal. Como se trata de um regime semi-aberto, os detentos que trabalham podem deixar o local durante o dia para trabalhar, desde que autorizados. O preso que sai sem autorização ou que comete crimes está sujeito a ir para o regime fechado.
O Governo do Estado estuda a possibilidade de reformar e ampliar a Colônia Penal ou de transferir a unidade penal para outro local.