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Cidades

ACP inicia pesquisa sobre ameaças à saúde do professor

Redação | 26/03/2009 15:00

A ACP (Associação Campo-Grandense dos Professores) deverá começar em abril uma pesquisa para detectar as ameaças à saúde dos profissionais da rede pública. De acordo com a entidade, três a cada dez deles sofrem com doenças decorrentes da profissão.

O levantamento será feito em uma amostra de dez escolas da rede estadual e dez da rede municipal, em Campo Grande. Segundo o diretor da ACP, Geraldo Alves Gonçalves, o trabalho deverá detectar quais as principais ameaças à saúde dos profissionais.

"O sindicato irá usar esses dados para cobrar intervenções", afirma o reprsentante. Gonçalves reforça que o número de pessoas com problemas de saúde decorrentes do trabalho é significativo, cerca de três mil professores, dos 10 mil existentes na cidade.

As doenças mais comuns entre eles, explica, são problemas nas cordas vocais e as associadas à depressão, por conta das 'tensões' que enfrenta durante a rotina de trabalho.

A pedagoga Marlene Coelho leciona há 24 anos, e conta que precisa de acompanhamento psiquiátrico para suportar o desgaste da profissão. No ano passado, ela teve que ficar afastada da sala de aula por seis meses, após crise de estresse.

Para voltar a lecionar, a professora de ensino fundamental teve que pedir transferência da escola onde trabalhava, porque desenvolveu uma espécie de 'aversão' ao lugar.

Campanha - A pesquisa da ACP pela saúde dos professores faz parte da campanha que será lançada amanhã e deve seguir até o final do ano, com ações voltadas para os profissionais da rede de educação pública.

Segundo a ACP, foram convidados para o lançamento representantes dos professores de cada uma das escolas públicas da Capital. Na ocasião, haverá um debate sobre a saúde do professor, mediado por profissionais especializados no assunto.

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