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Cidades

Acusadas pela morte de mecânico estão em liberdade por colaborar com investigações

Vivianne Nunes | 13/04/2011 12:59

Mãe e filha, Silvana Pereira de Amorin, 39 anos e Fernanda Aparecida Amorim dos Santos, 18 anos, assumiram a culpa pela morte do mecânico José Aparecido dos Santos, 50 anos, no último domingo (10) em Coxim (MS) mas já foram liberadas pela polícia porque teriam se comprometido a colaborar com o andamento do processo. As duas se apresentaram à polícia na manhã de hoje acompanhadas pelo advogado Elio Toneto Budel. Silvana teria relatado à polícia que o crime ocorreu no momento em que ficou sabendo que o marido abusava sexualmente da filha.

Em entrevista ao jornal Edição MS, Silvana contou que durante 13 anos viveu com um ‘monstro’ sob constante pressão. “Eu e minhas filhas vivíamos praticamente em prisão domiciliar. Não tínhamos amigos e sequer podíamos conversar com vizinhos”, comentou a mãe.

Silvana disse que ficou sabendo que o marido forçava Fernanda a manter relação sexual com ele no dia do crime. Na noite de sábado (09), o casal conversava no quintal de casa quando Santos chamou Fernanda e confessou o que fazia para Silvana.

“Eu fiquei muito nervosa, chorava, tremia, fui tomada por uma revolta muito grande e no desespero peguei um machado e dei o primeiro golpe”, contou a mãe, chorando muito ao reviver a cena do crime.

Conforme Silvana, depois do primeiro golpe Santos caiu no chão e ameaçou matar mãe e filhas. Foi quando Fernanda pegou a chave de rodas e deu mais um golpe em Santos, que recebeu mais machadas de Silvana depois.

Desesperadas, mãe e filhas fugiram de casa. De acordo com Silvana, o crime aconteceu por volta das 23 horas. O casal também tem uma filha de 12 anos, que já sofria com os abusos praticados por Santos. Com a adolescente, o pai não chegou a manter relação sexual.

Fernanda relatou que sofria com os abusos do padrasto desde os 7 anos. “Eu sentia nojo quando ele se aproximava de mim”, confessou Fernanda. A jovem conta que nunca teve coragem de contar para mãe, pois sempre era ameaçada.

“Ele dizia que se eu contasse alguma coisa para minha mãe mataria nós três. Chegava ao ponto de fazer gestos para mostrar como cortaria nossas cabeças”, disse Fernanda. A jovem bem que tentou se livrar, a contragosto se casou, mas sofreu na mão do marido por dois anos e resolveu voltar para casa.

Doloso - Silvana foi indiciada por homicídio doloso qualificado pela traição, emboscada ou pelo emprego de meios que dificultem a defesa da vítima. A polícia acredita que o crime tenha sido premeditado por causa da mensagem que ela mandou para o PM depois de ter praticado o crime e fugido para Nova Andradina. A morte ocorreu por volta de 1h da madrugada de domingo. Ainda conforme informações policiais, as vítimas afirmaram que o autor a ameaçava com uma marreta.

(com informações Edição MS)

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