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Cidades

Administrativos do Judiciário param e pedem mudanças

Redação | 29/04/2009 08:11

Os servidores administrativos do Poder Judiciário estão parados na manhã desta quarta-feira, pedindo mudanças quanto aos salários e condições de trabalho. Ao longo do dia a paralisação pode prejudicar o andamento dos processos.

A paralisação de advertência começou tímida, com poucos servidores em frente ao Fórum de Campo Grande, mas a estimativa é de adesão de 80% entre as 54 comarcas de Mato Grosso do Sul.

A reivindicação da categoria é de reajuste salarial de 17%, auxilio alimentação e auxilio transporte. O presidente do Sindjus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul), Noestor Jesus Ferreira Leite, explica que hoje o auxilio transporte só é dado em cidades que têm o sistema de transporte coletivo e a intenção é que todos recebam.

A intenção dos servidores é seguir nesta quarta-feira para o Tribunal de Justiça e depois para a Assembléia Legislativa. Leite defende aumento do percentual da receita estadual destinada ao Poder Judiciário, de 6,3%. Ele argumenta que de 2001 para 2008 houve aumento de 58% no número de servidores, de 136% no número de processos, além de aumento de comarcas, desembargadores, juizados e juízes.

Ademir de Campos Santos, que é operador judicial do Fórum e faz distribuição de processos, acrescentou à reivindicação de melhoria salarial a necessidade de regularização dos cargos. Ele citou seu caso, dizendo que acumula a função de escrevente judicial. O servidor conta que há dois anos ingressou na carreira por meio de concurso e ficou decepcionado. "Não era o que eu esperava. Não há reconhecimento e qualidade de trabalho", afirmou.

Alessandra Vasconcelos, lotada na 2ª Vara Civil, é escrevente judicial e disse que a vontade da categoria é que os salários voltem a "proporcionar o poder de compra de antigamente". Ela afirma que os vencimentos estão defasados em relação à economia. Ao mesmo tempo, destacou, o volume de processos no Fórum é muito grande e há pressão da sociedade e dos juízes para que haja celeridade, embora a estrutura não acompanhe a demanda. "Com essa estrutura e esse número de processo a gente não consegue cumprir com o prazo do processo", desabafou.

São esperados ônibus com servidores de cidades do interior, como Naviraí, Dourados, Ponta Porã, Caarapó, Ribas do Rio Pardo e Terenos. Os participantes da manifestação usam camisetas de cor preta com as palavras "PARE" e "Mobilize-se" escritas.

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