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Cidades

Adolescentes iniciam nova rebelião em Unei na Capital

Redação | 02/09/2010 20:37

Duas horas depois de terem se rendido à polícia e terminado a rebelião na Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco, improvisada no prédio da antiga Colônia Penal Agrícola, os adolescentes começaram um novo motim a partir das 21h30 desta quinta-feira.

Segundo informações de policiais do 10º BPM (Batalhão da Polícia Militar) e Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), diversas viaturas da polícia militar estão sendo deslocadas até a Unei, bem como do Corpo de Bombeiros.

Hoje, os 78 adolescentes detidos no local começaram a primeira rebelião do dia, quando dois deles conseguiram escapar, por volta das 15h, depois do banho de sol. Com isso, os outros acabaram se recusando a voltar para os alojamentos.

No motim desta quinta-feira, o terceiro em uma semana, os internos queimaram o pavilhão em que estavam presos; o local ficou totalmente destruído. Vários chuços (armas artesanais) foram recolhidos e um enorme buraco foi aberto pelos adolescentes na parede de um dos alojamentos para ser usado na fuga.

Inicialmente, 78 adolescentes iniciaram a rebelião, mas 38 se renderam logo que as equipes da Cigcoe invadiram o local. Os menores que decidiram se entregar estavam numa cela localizada ao lado direito do pavilhão.

Do lado esquerdo, 40 adolescentes amotinados prosseguiram com a rebelião, inclusive mantendo reféns no lugar, na tentativa de negociação com a polícia. O movimento foi intenso na Unei e fez com que três viaturas da Cigcoe, uma do 1º BPM (Batalhão da Polícia Militar), uma do 10º BPM e uma do Corpo de Bombeiros fossem até lá.

O diretor da Unei Dom Bosco, Cristian Jovito Lefevre Zabala, nomeado no dia 23 de fevereiro deste ano, no lugar de Magno dos Santos Mugarte, conversou com o Campo Grande News e detalhou que hoje o seu celular não parava de tocar, com mães e pais aflitos querendo saber informações sobre os filhos detidos no local.

Nesta tarde, os adolescentes que se rebelaram exigiram a presença de dois cinegrafistas de televisão no interior do pavilhão em que o motim acontecia. No entanto, quando os profissionais se aproximaram, imediatamente eles mudaram de ideia.

Só depois que um policial do Cigcoe começou a negociar com os amotinados é que eles se renderam. Todos os 40 adolescentes restantes foram levados para contenção e no caminho um disse à reportagem que os internos estão submetidos a péssimas condições na Unei e enquanto isso acontecer, mais rebeliões serão realizadas.

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