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Cidades

Adolescentes que fugiram após rebelião se entregam

Redação | 14/04/2010 12:51

Dois do seis adolescentes que fugiram da Unei (Unidade Educacional de Internação Dom Bosco durante rebelião na tarde da última segunda-feira (12) se entregaram hoje, segundo informações do cel. Hilton Vilassanti, superintendente de Assistência Sócioeducativa da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública).

A Sejusp, porém, não informa em que quais condições os jovens se entregaram. Segundo Vilassanti, o destino dos dois adolescentes será decidido pela Justiça, que pode determinar seu retorno à Unei Dom Bosco ou à outra unidade da Capital.

Na tarde de ontem Vilassanti e o secretário Wantuir Jacini, acompanhados de engenheiros governo, vistoriaram os danos nas dependências da Unei. De acordo com o secretário, os prejuízos ainda estão sendo contabilizados e ainda não há um projeto de reforma para a unidade, que sofre com a superlotação.

Apesar dos prejuízos, o superintendente de Assistência Sócio-Educativa garante que a rotina na unidade já voltou ao normal e o policiamento reforçado no entorno da unidade.

Ampliação conturbada - Para amenizar o problema da superlotação, o governo iniciou no início do mês licitação para a construção de uma nova ala, ampliando a capacidade de atendimento de 48 para 90 internos. Segundo Vilassanti, a obra já recebeu sinal verde da justiça.

Agentes de medidas sócio-educacionais e integrantes de movimentos de proteção aos direitos da criança e do adolescente são contra a medida. Segundo servidores, a construção de uma nova ala pode transformar a Unei em um "mini presídio", indo contra o que propõe o Sinase (Sistema Nacional de Medidas Socioeducativas), que regulamenta o trabalho de educação de adolescentes infratores.

De acordo com o Sinase, as Unidades Educacionais de Internação devem oferecer ensino, possibilidade de práticas esportivas e culturais, atendimento psicológico e ambulatorial. Além disso, recomenda que a capacidade seja de no máximo 40 adolescentes, para que o trabalho de reinserção social seja mais efetivo.

"Não podemos deixar a Unei virar uma espécie de Febem, onde os internos são depositados. Isto vai contra o Sinase", protesta Lílian Fernandes, diretora do Sindsad (Sindicato dos Servidores Administrativos do Estado).

Segundo o governo, serão construídos dois novos alojamentos: um para os internos e outro para a Polícia Militar. De acordo com a Sejusp, foi aberto inquérito na Polícia Civil para apurar quem são os responsáveis pelos danos.

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