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Cidades

Agência Brasil publica reportagens especiais sobre MS

Redação | 02/10/2009 08:05

A Agência Brasil foi à Mato Grosso do Sul reportar a situação em que se encontra o povo Guarani Kaiowá e publicou a Grande Reportagem Duas realidades sobre o mesmo chão.

A iniciativa de revisitar o assunto quando a chamada "grande imprensa" o ignora, demonstra a importância da comunicação pública em pautar a discussão de temas polêmicos que a sociedade não-índia, estabelecida na região, parece não querer resolver.

Apesar do assunto transcender os aspectos abordados na reportagem, seu valor situa-se principalmente em tentar retratar um momento de um processo que acumula séculos de intolerância, de violência e de massacre por uma cultura dominante sobre os dominados.

Os recursos multimídia de imagem e áudio complementam essa fotografia instantânea da realidade em que sobrevive o povo desterrado. O diário de bordo da reportagem ajuda a integrar o leitor no cotidiano do desafio jornalístico.

Esta ouvidoria foi acionada pelo leitor Fabiano Reis que escreveu: "Não há sul-mato-grossense que não fique muito chateado com o título e chamada da reportagem 'Em Mato Grosso do Sul, índios em condições precárias vivem ao lado de latifúndios prósperos'. Penso que foi pré-definida a apuração, não avaliou o trabalho realizado pelos produtores e não 'latifundiários' e principalmente não quis saber a opinião da população do Estado.

Não deveria em sua reportagem jornalística obter 'As várias realidades sobre o mesmo chão?'. Deveriam respeitar a população do MS, os trabalhadores e empreendedores do Estado e até mesmo os critérios básicos do jornalismo. Sobre o último item há duas alternativas: trabalhem de fato, como agência de notícias ou tornem público que são apenas uma assessoria de imprensa."

A ele, a Agência Brasil respondeu: "Agradecemos o comentário do leitor e informamos que o repórter da Agência Brasil esteve no Mato Grosso do Sul para ouvir todas as partes envolvidas na questão dos índios Guaranis e dos fazendeiros."

Ao ouvir a "população do Estado", como queria o leitor - como se os índios não fossem a verdadeira e original população que há milênios habitam aquelas terras, a ABr considerou que "todas as partes envolvidas" fossem apenas índios e fazendeiros, tratando a assunto como uma partida de futebol onde dois times se defrontam.

Essa abordagem simplista de um assunto tão complexo reflete uma possível carência de recursos para se aprofundar na questão

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