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Cidades

Agência de modelos mantém atividades após prisão do dono

Redação | 18/08/2009 13:15

Dias após a prisão do proprietário da agência de modelos Casting, a empresa mantém as atividades normalmente. Na segunda-feira (17/08), pessoas interessadas em cursos de modelo e atores procuraram a agência. O empresário Edson Ravaglia, 47 anos, que foi preso por estelionato no fim de semana, também já estava em liberdade.

Denúncias recebidas pelo promotor de Justiça da Infância e Juventude de Dourados, Amilcar Araújo Carneiro Júnior, levaram à prisão de Edson Ravaglia, 47 anos, proprietário da agência, localizada no Bairro Carandá Bosque, em Campo Grande.

Ele foi preso no fim de semana por estelionato, em Dourados, cidade distante 230 quilômetros de Campo Grande, onde se instalou e começou a cadastrar crianças e adolescentes para atuar na novela Malhação, da Rede Globo.

Segundo o promotor, Ravaglia afirmava que fazia seleção em nome da emissora de TV. No entanto, o MPE (Ministério Público Estadual) e a Polícia entraram em contato com a emissora, que tem filial na cidade, e também na sede, no Rio de Janeiro, e sempre receberam a informação de que Ravaglia não tem ligação com a Rede Globo.

O promotor revela ainda que as pessoas pagavam R$ 50,00 por uma inscrição, que dava direito à realização do teste para a seleção do elenco. Com Ravaglia foram apreendidos também recibos, que eram entregues aos pais das crianças e adolescentes.

Na manhã de segunda-feira (17/08), seria feito um teste com os inscritos. Entretanto, Ravaglia foi preso no fim de semana.

Procurado pela reportagem do Campo Grande News , Ravaglia nega que tenha se apresentado como funcionário da Rede Globo. Ele afirma que a seleção fazia parte do trabalho em parceria com agências de São Paulo e do Rio de Janeiro, que, na versão dele, são terceirizadas da emissora.

Ainda conforme Ravaglia, a agência escolhia figurantes para atuar em Malhação e outras novelas da Rede. Segundo ele, a emissora "só contrata atores globais" e terceiriza o serviço de escolha dos figurantes para empresas como a Elenco 5, parceira de sua agência.

Desta forma, as crianças e adolescentes que participassem de sua seleção iriam para o RJ fazer um teste na suposta "terceirizada".

Ravaglia afirma ainda que é diretor de produção e possui autorização para emitir DRT de modelo e ator válida para todo o País. "Isso me dá amparo legal no Brasil todo para profissionalizar e encaminhar", garante.

Sobre a taxa de inscrição de R$ 50,00, cobrada em Dourados, ele explica que era destinada a seus "gastos pessoais", como hospedagem na cidade e até combustível. "Eu não sou Papai Noel para fazer as coisas gratuitas não", argumenta.

Ravaglia alega não ter motivos para justificar o que faria com o dinheiro cobrado. Entretanto, ele garante jamais ter dito aos participantes que era destinado à inscrição cobrada pela emissora para realizar o teste.

O dono da Casting nega que tenha sido preso em Dourados, e diz que apenas "foi detido para apresentar provas do que estava fazendo". "Eu não faço as coisas na ilegalidade", pontua.

Entretanto, a Polícia e o MPE enfatizam que ele foi preso e autuado em flagrante por estelionato.

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