Agente assume função de terceirizado em greve no presídio
A greve dos 42 funcionários que prestam serviços administrativos para o Presídio Federal de Campo Grande teve início nesta manhã. O movimento dos trabalhadores, que alegam não receber os salários há 60 dias, fez com que os agentes penitenciários assumissem as funções administrativas da unidade.
Eles deverão realizar o trabalho dos terceirizados, que inclui atender aos telefones e cuidar de documentos, pelo menos até a próxima segunda-feira (21), quando haverá reunião da Technoservice com os trabalhadores, segundo o representante da empresa, Daniel Rosa.
Entretanto, o movimento, que teve a adesão de 100% dos funcionários, não tem previsão de término.
Procurada para esclarecer o atraso no pagamento dos salários, a empresa informou que não irá se manifestar sobre o caso, apenas confirmou a reunião da próxima semana.
Atraso - Funcionários da empresa Technoservice, que venceu a licitação para prestar serviços administrativos no Presídio Federal, denunciaram o atraso de 60 dias no pagamento dos salários ao Campo Grande News .
Nem o vale transporte foi repassado nos últimos dois meses, segundo os trabalhadores.
Apesar de receber um repasse variável em torno de R$ 60 mil ao mês, a empresa deixou de depositar o FGTS (Fundo de Garantir do Tempo de Serviço) dos funcionários há alguns meses.
Por este motivo, o Governo Federal teria retido seu pagamento, o que provocou atraso nos salários.
Na intenção de resolver o problema, os funcionários ingressaram com ação trabalhista para que a União pague os salários diretamente a eles, por meio do Depen (Departamento Nacional Penitenciário).
Como a ação tramita na Justiça, os empregados optaram pela greve como forma de reivindicar o recebimento dos salários.