Agentes das Uneis iniciam negociações com o governo
Depois da publicação do decreto que transfere a coordenação das Uneis (Unidade Educacional de Internação) para a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), os agentes que fazem a segurança das unidades entram na fase de negociação das reivindicações da categoria.
Anteriormente, a coordenação das Uneis era de responsabilidade da Setas (Secretaria de Assistência Social e Trabalho).
"A assinatura do decreto foi um ato de bom senso do governador André Puccinelli, mas isso por si só não resolve nossos problemas", disse o presidente da Associação dos Servidores em Medidas Socioeducativas, Valdinei Figueiredo.
O presidente da entidade disse que, ainda hoje, vai pedir uma audiência com o governador para tratar das medidas que devem ser tomadas em caráter de urgência. Segundo ele, questões como: a superlotação, aumento do efetivo e aquisição de material de contenção têm de ser resolvidas rapidamente para que a normalidade volte as Uneis do Estado.
"Neste fim de semana os adolescentes da unidade Novo Caminho [em Campo Grande] não receberão visitas, isso porque as condições de segurança lá não são adequadas", adianta, ressaltando que as unidades em Três Lagoas e Dourados estão paralisadas, ou seja, funcionando com a escala mínima de agentes exigida por lei.
De acordo com Figueiredo, as questões salariais serão discutidas mais adiante. "Isso tem de ser feito com calma, sem pressa. O que queremos agora é resolver a segurança".
Conforme o presidente, a classe também reivindica a escolta policial para a movimentação dos adolescentes em medidas sócio educativas. "Quando temos de levar alguém para o Fórum ou para um atendimento médico, vão só os agentes é o interno. Não há segurança", reclama.
Como estava