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Cidades

Agepen quer mais prazo para evitar liberação de presos

Redação | 15/01/2010 06:56

O diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Deusdete de Oliveira, acionou a PGE (Procuradoria Geral do Estado) na tentativa de ganhar mais tempo para cumprir a liminar que determinou a liberação de 384 presos do Presídio de Dois Irmãos do Buriti, a 105 quilômetros de Campo Grande.

"Vamos buscar uma dilação de prazo", afirmou em entrevista ao jornal Bom Dia MS, da TV Morena. Segundo ele, a Agepen ainda não foi informada oficialmente da decisão judicial. Entretanto, o objetivo é mostrar ao judiciário estadual que o novo presídio semi-aberto, denominado Colônia Agroindustrial de Campo Grande, está com 97% das obras concluídas e poderá, em breve, receber os presos que estão em Dois Irmãos.

"O governador André Puccinelli já autorizou a compra de mobilliário e a nomeação de servidores. Estamos buscando um prazo de 60 a 90 dias para fazer a transferência de forma paulatina e tranquila", salienta.

A pedido da Defensoria Pública, a 1ª Turma Criminal do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) determinou a soltura dos internos, que deveriam estar no regime semi-aberto, mas estão em cumprindo pena no sistema fechado.

Conforme a justiça, os presos, que foram transferidos da CPA (Colônia Penal Agrícola) de Campo Grande devido à superlotação, deverão cumprir prisão domiciliar.

Quase metade, 47% dos 384 internos, beneficiados com a liberdade cometeram crimes contra o patrimônio. Cinco estão presos por latrocínio (mataram para roubar).

O Campo Grande News apurou que 106 cometeram roubo simples ou qualificado. Neste caso, os assaltantes usaram arma de fogo ou branca para subtraírem os objetos de valor das vítimas. Outros 59 cumprem pena por furto.

Vinte e oito são condenados por homicídio, sendo 24 simples e quatro por qualificado.

Outros 19 cometeram crimes sexuais, sendo 10 por estupro e nove por atentado violento ao pudor. "A população pode ficar tranquila. A liberação depende de fornecimento de dados técnicos e não vai ocorrer de uma hora para outro", afirma o diretor da Agepen.

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