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Cidades

Alagamentos e erosões atingiram 55 cidades de MS nos últimos 5 anos

Aliny Mary Dias | 30/04/2014 11:49
No bairro Cidade Morena, situação é crítica em Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)
No bairro Cidade Morena, situação é crítica em Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)

Em Mato Grosso do Sul, 29 cidades foram atingidas por alagamentos, outras 26 por processos de erosão e outros 42 municípios registraram escorregamentos ou deslizamentos de terra nos últimos 5 anos. Um levantamento inédito divulgado nesta quarta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta os impactos de desastres naturais ocorridos em todo o país.

Segundo os dados do Munic (Pesquisa de Informações Básicas Municipais), de todas as cidades atingidas por enchentes ou inundações no Estado, apenas 18 realizaram alguma ação para minimizar os dados causados.

Em todos os casos, houve registro de pessoas desalojadas em 16 cidades. Ao todo, no caso das enchentes e inundações, 2,4 mil pessoas foram atingidas. O estudo mostra ainda que nenhuma das 79 cidades do Estado construíram barragem ou reservatórios para conter as cheias.

Cidades que fizeram ações para evitar ou minimizar os dados dos episódios ambientais também são exceções. De todas as cidades de Mato Grosso do Sul, apenas uma desassoreou rios e a ação ainda está em andamento. A realocação de pessoas em área de risco só foi feita por oito cidades do Estado, três procedimentos estão em andamento e outras cinco já finalizaram.

O levantamento do IBGE também traz os municípios atingidos por enxurradas ou inundações bruscas. Foram 28 municípios nos últimos cinco anos e 2012 foi o ano com mais casos registrados. Ao todo, 6,3 mil casas foram atingidas e 22,2 mil pessoas tiveram problemas em razão das enxurradas.

Outros dados que chamam a atenção são os que envolvem escorregamento ou deslizamento de terra. Mato Grosso do Sul teve registro de casos em uma cidade que registrou 42 ocorrências que afetaram 67 pessoas. De todas as cidades, apenas uma tem ação em andamento para solucionar os problemas e evitar novos deslizamentos.

Ações – O estudo também aponta que 36 cidades do Estado possuem instrumentos de planejamento em relação aos danos ambientais. Cidades que têm o plano diretor para prevenção de enchente, inundações ou enxurradas somam 10.

A situação é ainda mais grave quando o assunto é a lei específica para prevenção dos desastres, apenas um município conta com a legislação. Ainda sobre as leis, oito cidades possuem, pelo menos na teoria, a lei de uso e ocupação do solo.

Um plano diretor que previna escorregamentos ou deslizamentos de encostas só está presente em três cidades. Um plano municipal para redução de riscos existe em quatro cidades e outros 24 municípios possuem gerenciamento de riscos e resgates.

Capital – Em Campo Grande, um dos pontos considerados mais críticos em relação à erosão fica no bairro Cidade Morena.

A região entrou na classificação “área de risco a movimento de massa” em um estudo elaborado pelo CPRM Serviço Geológico do Brasil, que entrou como anexo no 1º Plano de Contingenciamento de Proteção e Defesa Civil para Desastres Naturais em Campo Grande, elaborado pelo órgão de defesa no ano passado.

A reportagem tentou contato com a Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) para informações sobre as ações desenvolvidas na erosão do bairro Cidade Morena, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.

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