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Cidades

Ambiente: 2% de biocombustível no diesel é pouco

Redação | 21/02/2008 10:55

A pesquisadora Magaly Fonseca Medrano, do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB), afirma que, na área ambiental, a mistura obrigatória de 2% de biocombustível no diesel comum até 2013 não representa redução significativa das emissões de gases perigosos para a atmosfera.

A adição obrigatória está em vigor no país desde o dia 1º de janeiro. De acordo com a pesquisadora, só ocorreria diferenciação nas emissões de gases que contribuem para o efeito estufa se fosse adicionado 50% de biodiesel no diesel que é vendido atualmente.

Além das emissões de gases, a pesquisa analisou o uso da soja como matéria-prima do biodiesel. Para a pesquisadora, a soja é a oleaginosa mais vantajosa para a produção de biocombustível. Isso porque é o grão mais produzido no país e conta com a mais estruturada cadeia de transporte e processamento. Mas, segundo ela, a soja não apresenta apenas vantagens. A produção de óleo a partir do grão é baixa, apenas 20% de sua massa.

O diretor executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), Sérgio Beltrão, concorda que a produtividade de óleo com a soja como matéria-prima não é tão eficaz se quanto a de outras oleaginosas como o dendê e a mamona. Beltrão explica que o programa de biodiesel não tinha outra alternativa para começar a produção se não fosse a soja, mas ele acredita que essa tendência irá mudar com o passar do tempo.

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