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Cidades

Anistia alerta que agroindústria em MS afeta indígenas

Redação | 28/05/2009 22:59

A Anistia Internacional publicou hoje um documento sobre a crise como pretexto para abusos e no capítulo que fala do Brasil, escrito por Tim Cahill, Mato Grosso do Sul é citado como Estado que expande economia à custa dos direitos de comunidades excluídas e marginalizadas. Conforme o texto, a expansão da agroindústria no Estado afeta indígenas, bem como a construção de uma siderúrgica no Rio de Janeiro atinge comunidades de pescadores.

Aliás, de acordo com o relatório, o Brasil se encaixa na descrição de País que não implementa dentro de suas próprias fronteiras o que defende no exterior. A busca brasileira por crescimento econômico a qualquer custo - inclusive por meio de algumas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) - ignora e prejudica comunidades carentes e excluídas, segundo afirmação de Cahill à Folha de São Paulo.

Sucinto, Cahill reconhece que o Brasil precisa crescer, mas alega que o crescimento tem de ser feito com respeito aos direitos de todos os brasileiros.

Repressão - De acordo com o documento da Anistia, depois da recessão vem a repressão. A crise econômica está empurrando para a miséria milhões de pessoas, além de servir como pretexto para que governantes aumentem a repressão e a censura a grupos de oposição.

A entidade que mapeia violações de direitos humanos ao redor do planeta enfoca que com o quadro repressivo instalado, políticas anti-imigração são apertadas e comunidades carentes são relegadas a último plano, acabando por ficarem excluídas em seu próprio território.

Escrito em 84 páginas, o relatório frisa uma catástrofe iminente, já que o foco em uma crise (a econômica) e o desleixo com a outra (a humanitária) são uma "receita para piorar as duas". Nenhuma recuperação, segundo a Anistia, será sustentável se os fatores que aprofundam a miséria não forem combatidos.

Se por um lado existe o perigo da pobreza crescente e condições sociais e econômicas desesperadoras levarem a instabilidade política e violência, do outro a idéia de se chegar uma situação em que a recessão será acompanhada por maior repressão de governos ameaçados não é descartada.

Alerta - Ainda com base no documento, a Anistia alerta que é no grupo das 20 principais economias do planeta que ocorrem algumas das piores violações do mundo, como a tortura (ocorre em 50% dos 157 países pesquisados, contra 79% dos que compõem o G20).

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