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Cidades

Ano eleitoral contamina eleição de associação de bairros

Redação | 16/05/2010 12:33

Criada em 1984, a Umam (União da Associação de Moradores) vive neste domingo uma eleição diferente de todas as outras, com farto material publicitário e até bateria de escola de samba em frente ao prédio da ACP, onde ocorre a votação. O tempo para votação é de 1 hora e o resultado sai às 16 horas.

De olho na capilaridade da entidade, que representa 280 associações de moradores de bairros de Campo Grande, vereadores e candidatos foram representados por seus assessores no local e alguns foram pessoalmente, como é o caso do vereador Herculano Borges (PSC) e o ex-vereador Robson Martins.

A expectativa da entidade é que pelo menos 600 votantes compareçam ao local, considerando que cada associação tem três representantes. Três candidatos disputam: José Gondim, da Vila Popular, José Arantes, do Aero Rancho e César Delherbc, do Universitário.

Também são vistos no locais assessores de Antônio Carlos Biffi e adesivos do vereador Paulo Siufi (PMDB). Vários participantes da votação usam camisetas de seus candidatos.

"A gente sabe que em uma eleição como essa sempre tem interesse eleitoral por trás, de quem será candidato", admite o coordenador do processo eleitoral, Jefferson Antunes, 30 anos, ao ser questionado sobre os recursos para financiar uma campanha de tal porte. Para ele, essa interferência acaba comprometendo a gestão. "Pode deixar o processo engessado, mas como o candidato não tem de onde tirar incentivo acaba aceitando colaboração", diz.

A entidade atua em defesa das demandas dos moradores de bairros. Uma das bandeiras recentes, considerada conquista da Umam.

Wilson Fernandes, um dos criadores da entidade, avalia que o assédio de candidatos é uma prova da representatividade e força da entidade. "Nunca vi uma eleição tão disputada", afirma, satisfeito com a participação.

O professor Valfrido Rolim, 52 anos, da Associação de Moradores do Jardim das Nações, afirma que a mobilização se deve a dois fatores, o ano eleitoral e a Copa. "Está todo mundo muito contaminado com o clima de eleição e com ano de Copa. Estamos todos no clima de mobilização", diz.

Milton Ferreira, 66 anos, que há oito anos é delegado da Vila Carlota vê a mobilização como seja sinal de que "as pessoas estão aprendendo o que é democracia e só mobilização que começa pelos bairros vai fazer a cidade melhorar".

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