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Cidades

Apesar de proibido, 60% dos postos vendem combustível em garrafa pet

Viviane Oliveira | 20/10/2013 08:44
Adesivo avisa que está proibida a venda de combustíveis em garrafas pet. (Foto: Marcos Ermínio)
Adesivo avisa que está proibida a venda de combustíveis em garrafas pet. (Foto: Marcos Ermínio)

Apesar da multa, que varia de R$ 300 a R$ 3 milhões, 60% dos postos de combustíveis no Estado desrespeitam a norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que proíbe a venda e transporte de combustíveis em saquinhos plásticos e garrafas pet.

A determinação existe desde agosto de 2008 e quem faz a fiscalização no Estado é o Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor). De acordo com o superintende do órgão, Alexandre Rezende, há 2 meses o Procon fez uma inspeção e 60% dos postos de combustíveis foram autuados.

A venda de combustíveis fora do tanque do veículo só pode ser feita utilizando recipientes de plásticos rígidos ou metálicos certificado e registrado para este fim. Os não metálicos devem ter uma capacidade de 50 litros.

Alexandre explica que o valor da multa depende do agravante, como por exemplo, se o posto de combustível for reincidente. “Como não chega denúncia para a gente, pois o consumidor quer comprar, a fiscalização já consta no nosso roteiro”, diz.

O coordenador de pista de posto na Avenida Ernesto Geisel com a Manoel da Costa Lima, Anderson Kenje Sumida, disse que desde agosto deste ano não vende mais combustível em vasilhames que não são apropriados.

O aviso com a proibição consta em todos os postos e alerta para, inclusive responsabilização. Por conta disso, já houve muita confusão no local. “A maioria quer burlar a lei, muita gente não entende e insiste, pede para falar com o gerente e só desiste depois da certeza que não vai ter jeito”, conta Anderson.

Acidentes - O uso do etanol para acender churrasqueira é a principal causa de queimaduras no Estado. No mês passado pelo menos cinco pessoas, em Campo Grande, sofreram queimadura de 2º e 3º grau durante o manuseio do combustível para acender churrasqueira e a chapa utilizada para fazer bife.

Internado há mais de um mês na Santa Casa, Édipo da Silva Chaves, 25 anos, queimou 50% do corpo, quando participava de uma festa com os amigos no dia 8 de setembro, no conjunto Rancho Alegre. Na ocasião, mais três pessoas ficaram feridas.

A mesma coisa aconteceu com Leonardo Campos de Almeida, 18 anos, que também foi acender o bife na chapa com etanol. O jovem comemorava o aniversário no dia 20 de setembro, em casa, na Vila Popular, quando houve o acidente. Nos dois casos foi utilizado o álcool combustível para acender a chapa.

Alguns postos já vendem galões dentro da norma estipulada pela ABNT para transporte de combustíveis. "A norma existe e o posto está fazendo a sua parte. Agora resta a cada um ter consciência de que o álcool é altamente inflamável e pode resultar em acidentes graves", finaliza o coordenador de pista.

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