ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 20º

Cidades

Após 69 dias, PF volta ao trabalho sem reivindicação atendida

Paula Maciulevicius e Luciana Brazil | 15/10/2012 10:25
Policiais federais estão parados desde início de agosto, com isso operações e investigações também ficaram paralisadas. (Foto: Arquivo/Minamar Júnior)
Policiais federais estão parados desde início de agosto, com isso operações e investigações também ficaram paralisadas. (Foto: Arquivo/Minamar Júnior)

A Polícia Federal volta ao trabalho nesta segunda-feira, depois de 69 dias de paralisação, a pedido do Ministério da Justiça, mas sem ter a principal reivindicação atendida: a reestruturação das carreiras de agente, escrivão e papiloscopista.

Durante estes dois meses e uma semana de greve, os serviços mais prejudicados foram as investigações e operações da Polícia Federal. No decorrer do movimento, decisões judiciais determinaram que ficassem proibidas as operações padrão e que fosse preenchido com 50% alguns dos setores que mantinham apenas 30% do expediente na rotina normal.

Depois do encontro na última quarta-feira, entre o movimento nacional e o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, a Federação Nacional dos Policiais Federais elaborou uma cartilha com orientação sobre quais atividades devem ou não ser exercidas pelos federais.

Segundo o presidente do Sinpef (Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso do Sul), Jorge Caldas, o manual tem vários itens sobre jornada e condições de trabalho, hierarquia, segurança, atribuições, além da remuneração.

“Esse manual vai funcionar para que seja legalizada a forma de trabalhar de todos os agentes”, ressalta Caldas. A cartilha traz também normas em relação ao uso de celulares, gasolina e carro próprio para a realização de trabalhos.

Trabalhando de acordo com as 39 páginas, o Sindicato tem como base o manual para trabalhar dentro da legalidade. “Vai ser uma forma de obrigar as coisas mudarem. Vamos alegar que estamos na legalidade”, reforça Jorge Caldas.

Sem êxito no pedido para que agentes, escrivães, papiloscopistas tivessem o mesmo patamar salarial dos cargos de nível superior das carreiras típicas de estado do Poder Executivo, como os auditores da Receita Federal, servidores das agências reguladoras, entre outros, a Polícia Federal conseguiu o fim da realização de atividades de nível superior pelos policiais, que ficariam restritos a cumprir as atividades de nível médio e também o pagamento de diárias no caso de viagens.

Conforme o Sindicato, o Governo Federal se recusa a negociar com os grevistas e é preciso o retorno ao trabalho para que se volte a discutir a reestruturação das carreiras. No entanto, mesmo que a negociação volte com o retorno das atividades, a reestruturação das carreiras será assunto para 2014, informou o Sindicato.

Nos siga no Google Notícias