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Cidades

Após incêndio, Camelódromo não abre para população

Redação | 06/11/2009 10:22

O Camelódromo continuará fechado nesta sexta-feira e sem previsão de quando  voltará ao atendimento normal, depois de incêndio na manhã de hoje. Apesar dos portões fechados, muitos consumidores foram até o local para fazer compras, sem saber o que havia acontecido.

Clientes continuam se aglomerando ao redor do Camelódromo misturados aos donos de barracas e curiosos que querem saber detalhes sobre o fogo. O cheiro da fumaça ainda está no ar, na região central de Campo Grande.

A equipe da perícia já começou o trabalho para detectar quais as causas do incêndio, que danificou oito barracas ao todo, quatro delas totalmente destruídas.

Ainda abalados, proprietários de boxes tentavam acalmar um ao outro. Rilaine Matos, de 29 anos, tem um box de roupas próximo às barracas queimadas. Muito nervosa e chorando, ela contou que uma amiga ligou logo cedo para avisá-la do incêndio.

"Ela disse que tinha pegado fogo no Camelódromo todo. Fiquei desesperada!", explica, ainda tremendo. Como o local é "apertado", lembra ela, e com muitos produtos inflamáveis, sempre o medo é que o fogo se alastre com rapidez.

Quando a comerciante chegou para trabalhar, conseguiu confirmar que sua barraca não tinha sido afetada, um alívio.

"Tudo o que eu tenho está ali dentro. Se o fogo tivesse passado perto teria perdido tudo. Roupa pega fogo muito rápido. A gente fica triste pelos colegas, porque se coloca no lugar deles", explica Rilaine.

Para comemorar os 10 anos de funcionamento, Camelódromo passou por reformas recentes. Foi colocado piso no estabelecimento há quase um ano e segundo Diego, dono de um box que vende tênis, o valor foi dividido entre todos os que tem bancas.

Prejuízo - Em 4 das barracas queimadas, o cenário é de destruição total. Objetos sem identificação, paredes pretas e prateleiras chamuscadas pelo fogo, agora já apagado. Prejuízo causado por meia hora de fogo, estimam os bombeiros.

Aparentemente, uma barraca ao lado das atingidas não teve os produtos queimados, mas o teto estava caindo para dentro.

Um proprietário de box que não se identificou, reclama muito da administração do presidente da Associação do Camelódromo, que foi reeleito recentemente.

"Não sei como as pessoas o reelegeram, ele não cuida de nada, acho que ele nem sabe se tem extintor de incêndio", comenta o comerciante e emenda que "seguro aqui tá difícil", sobre o fato de ão haver seguro coletivo para o Camelódromo.

Os bombeiros contestam falhas em segurança no local, dizem que equipamentos de combate ao fogo foram fundamentais para que estrago maior não fosse registrado.

O aposentado José Gil Lescano Neto conta que estava caminhando na rua Barão do Rio Branco no momento em que começou o incêndio.

"Vi uma coisa preta subindo e fui ver o que era. Tinha gente tentando apagar o fogo, acho que os próprios funcionários do local, tinha um homem machucado que ficou mais de 20 minutos esperando socorro", diz.

A pessoa citada por ele é o presidente da Associação, Vicente Peixoto, que teve ferimento no pé e passa por cirurgia na Santa Casa.

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