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Cidades

Após perícia, radiologia da Santa Casa vai fechar salas

Redação | 26/03/2008 17:17

A perícia feita a pedido do MPT (Ministério Público do Trabalho) confirmou a denúncia que havia sido feita em janeiro pelos funcionários do setor de radiologia de que as salas para exame no maior hospital de Mato Grosso do Sul, a Santa Casa de Campo Grande, estão em desacordo com os padrões e oferecem risco para quem opera os equipamentos e para os pacientes. O relatório da vistoria foi discutido em assembléia dos trabalhadores do setor, que decidiram que enquanto não forem adotadas medidas para sanar os problemas apontados no documento, não vão mais usar as salas onde a situação é mais grave.

A decisão começa a ser cumprida às 6h desta quinta-feira, conforme o sindicato da categoria.Isso vai fazer com que, das seis salas em atividade no hospital, de um total de nove existentes, só duas passem a ser utilizadas, como informou o presidente do Sindicato dos Técnicos em Radiologia Médica,Câmaras Escuras e Similares em Empresas Públicas e Privadas do Estado de Mato Grosso do Sul, Adão Júlio da Silva. Na prática, significa que, a capacidade de atendimento no hospital no setor de exames radiológicos vai ser reduzida em dois terços. Conforme Silva, por dia são feitos 400 exames no setor na Santa Casa, que é referência em atendimento de urgência e em ortopedia no sistema hospitalar do Estado.

A perícia nas salas de radiologia foi solicitada pelo MPE após os funcionários ameaçarem paralisar o atendimento, alegando que o ambiente de trabalho é insalubre, por conta dos riscos apresentados. Uma física nuclear e um perito foram nomeados para estudar os equipamentos e funcionamento na Santa Casa e a conclusão é que há uma série se irregularidades que, em resumo, indicam que pode haver o que tecnicamente é chamado de fuga de radiação, ou seja, pacientes e funcionários podem estar sendo expostos à mais radiação do que deveria. Há salas em que nem ar condicionado existe, quando o padrão em vigor no País exige que a temperatura nesse tipo de ambiente seja mantida sempre em 22 graus.

O parecer final determina a desativação de duas salas que estão em funcionamento, diz que outra duas que já não estão funcionando devem continuar assim e que um aparelho portátil que também está parado não deve voltar a ser usado até que sejam sanados os problemas encontrados. Para as outras salas, também é apontada a necessidade de uma série de correções. Problemas semelhantes já haviam sido apontados em 2005, sem que tenha havido dada solução.

E agora ?

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