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Cidades

Após sofrer assalto, família evita ficar na própria casa

Redação | 07/04/2010 17:57

"Durou no máximo de 15 a 20 minutos, mas pareceu pelo menos duas horas". A definição é do funcionário público federal que teve a casa invadida, anteontem, por dois ladrões, no bairro Jardim Aero Rancho, e ficou sob a mira de uma arma, junto com a esposa e os dois filhos, uma menina de 4 anos e um bebê de um ano.

Dois dias depois do crime, a família não está na casa e só deve voltar quando houver reforço na segurança, como por exemplo a colocação de cerca elétrica. O imóvel próprio, que foi uma conquista de dois anos atrás, no momento simboliza medo.

Aos 41 anos, todos vividos em Campo Grande, o dono da casa contou que é a terceira vez que a família é vítima de ladrões, mas das ocasiões anteriores, em outro imóvel, a invasão ocorreu quando não havia ninguém em casa. Dessa vez, todos estavam na casa e ficaram sob a mira de revólver enquanto os dois homens reviravam a casa.

"Fui perguntado pela polícia se saberia reconhecer os ladrões. Isso eu não sei. Mas sei que poderia desenhar como era aquela arma, pois não tirei os olhos dela", afirma.

"Virei uma estatística, um número", resume o funcionário público ao comentar o fato de ter sido vítma da violência que, segundo ele, "a gente vê nos jornais e na tv mas parece longe. Quando ela chega perto de você, parece surreal", define.

Prejuízos - Os ladrões levaram duas televisões na casa, três telefones celulares e o carro da família, que depois foi abandonado depenado e com o painel quebrado. Nem a cadeira usada para transportar o bebê no carro os bandidos pouparam.

Eles também levaram as chaves da casa e deixaram a família presa no imóvel. Foram os vizinhos, após ouvir gritos do casal, que chamaram a Polícia Militar. Os policiais chegaram rápido, mas não a tempo de localizar os ladrões.

Para a vítima, o episódio traumático é, também, um sinal de violência urbana crescente em uma cidade que está perdendo a fama de pacata e tranquila. "Quanto mais cresce a população, mais crimes nós vamos ter".

Após o susto e os prejuízos, os últimos dois dias estão sendo ocupados pelas providências relacionadas à investigação policial e ao acionamento do seguro, tanto da casa quanto do veículo. "Felizmente temos seguro, mas não sabemos de quanto foi o prejuízo", diz o funcionário público.

Para ele, porém, o pior não é o prejuízo material. "O prejuízo psicológico a gente não consegue nem saber qual é". A criança de 4 anos, conta, ficou bastante assustada.

Ele relata que quando os ladrões entraram no quarto da menina, ela se manifestou, pedindo para que não levassem seus brinquedos. A criança também ficou sem um de seus passatempos preferidos, a televisão, onde via desenhos infantis.

A mãe, que é administradora de empresas, teve dificuldades para dormir nas últimas noites. Ainda assim, o casal voltou ao trabalho normalmente. "Nós precisamos trabalhar. Prometemos a nossa filha que vamos comprar de novo tudo que levaram".

Todos os nomes foram preservados para não expor a família.

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