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Cidades

Após túnel, Sejusp diz que segurança na Máxima é média

Redação | 14/12/2009 10:09

A descoberta de um túnel no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima levou o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, a admitir que não existe em Campo Grande uma unidade estadual que seja de segurança máxima.

Segundo Jacini, a penitenciária foi construída "há 30 anos e hoje já não atende a esta demanda". Quando foi construída, lembra o secretário, a unidade oferecia condições de segurança máxima, mas hoje é apenas "média".

O secretário reconhece que as condições não são ideais e que o presídio foi adaptado ao longo dos anos.

Entretanto, ressalta que existem dificuldades para atender a quantidade de presos custodiados na unidade e que não comporta mais reformas.

"O ideal seria uma demolição para construir uma nova unidade", diz Jacini.

Na manhã de ontem, agentes penitenciários descobriram um túnel de 18 metros, por onde 36 detentos poderiam fugir.

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Fernando Anunciação, lembra que esta é a sexta vez este ano que um buraco é encontrado no presídio.

O diretor da unidade, João Bosco Corrêa, estima que os presos tenham levado de três a quatro dias para fazer o túnel.

Eles cavavam à noite e colocavam a terra em sacos, que ficavam escondidos no próprio buraco para não despertar a atenção dos agentes.

Corrêa afirma que em uma vistoria de rotina o túnel foi visto.

No entanto, o Campo Grande News apurou que denúncia revelava a existência do túnel.

Anunciação ressalta ainda que a investigação da Agepen (Agência Estadual do Sistema Penitenciário) é falha.

Segundo Anunciação, os agentes deveriam fazer o serviço, já que estão dentro dos presídios.

Atualmente, a investigação é feita por policiais militares.

Ele afirma que a Agepen não sabia da tentativa de fuga.

Somente este ano, os presos tentaram escapar da unidade por oito vezes, conforme Anunciação.

Solução

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