Armas apreendidas deverão ser destruídas pelo Exército, diz CNJ
As mais de 8 mil armas e assessórios (silenciadores e carregadores) que estão em poder do TJ/MS (Tribunal de Justiça em Mato Grosso do Sul) deverão ser destruídas pelo Exército, com exceção daquelas que foram imprescindíveis ao julgamento de processo criminal. A informação é do conselheiro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Felipe Locke Cavalcanti. Ele defende a destruição do armamento apreendido em todo o País para ‘o mais rápido possível’. Os números foram divulgados na última segunda-feira.
“A guarda de armas é uma preocupação de todo o Judiciário”, argumentou. Segundo ele as armas representam riscos, o que exige cuidado no armazenamento. Para ele, na maioria dos casos não há necessidade de se manter a arma apreendida em poder da Justiça. “Há armas importantes para desvendar o crime, mas na maior parte das vezes a arma pode ser destruída após aludo pericial”, explica o conselheiro.
Os dados do CNJ revelam que o Mato Grosso do Sul guarda pelo menos 15% do total de armas e acessórios apreendidos no País, um total de 8.743; em todo o Brasil são 755 mil - 73% no Rio de Janeiro.
A recomendação para que os tribunais tivessem maior agilidade na liberação das armas para destruição partiu do próprio CNJ. O Conselho tomou a decisão depois que o Ministério Público Federal em São Paulo pediu uma solução para acabar com a grande quantidade de armas em poder do judiciário.