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Cidades

Assalto a coletivos caem 64%, mas medo continua

Redação | 15/05/2008 12:02

"Durante à noite eu não pego ônbus aqui porque tenho medo", declara a técnica em enfermagem, Cleide Alves, de 49 anos. A moradora da Vila Margarida, em Campo Grande, decidiu não usar o transporte coletico após o pôr-do-sol, depois de ouvir muitos casos de assalto aos ônibus das linhas Monte Carlo e Marabá, que passam pelo bairro.

"Ontem mesmo eu ouvi sobre um assalto que aconteceu dentro do ônibus aqui perto", a informação vem também da dona de casa Maria Rodrigues de Lima, de 70 anos, que mora no bairro há 50 anos e reclama do descaso das autoridades em relação aos assaltos. "A polícia tinha que cuidar da gente, nesses ônibus que passam aqui não tem nem cobrador, o motorista é sozinho, está ainda mais vulnerável ao assaltante".

O "ouvir falar" é confirmado em uma rápida consulta ao sistema de informações da Polícia. Foram quatro assaltos a coletivos na Vila Margarida, registrados só no último final de semana.

Nesta manhã a Assestur (Associação das empresas de transporte coletivo de Campo Grande) divulgou o balanço de assaltos do mês de abril para evidenciar a redução do problema. De acordo com o relatório foram registrados 36 assaltos a ônibus coletivo na capital nomês passado, queda de 64% em relação ao mês de março, quando foram registrados 100 assaltos, média de 3,3 por dia.

A expressiva queda não traduz obrigatoriamente redução do índice de criminalidade, uma vez que em abril de 2007, os assaltos a coletivos ocorreram 25 vezes, ou seja, no mesmo mês de um ano para outro, houve um crescimento de 31%.

Para o diretor da Assetur, João Rezende Filho, apesar de ter ocorrido ligeira redução em abril, se comparado com o mês de março, os números são ainda preocupantes.

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