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Cidades

Assalto vira rotina e ameaça vidas em Campo Grande

Redação | 05/01/2008 12:15

A cena já estava se tornando corriqueira. Pela terceira ou quarta vez, Ronoaldo Pael Barbosa, 65 anos, se via sob a ameaça de um revólver durante um assalto. Comerciante no bairro Coophavila 2 há 15 anos, o mercado São José - sem segurança ou câmera de vigilância - já havia sido alvo de ladrões anteriormente. Contudo, no final da tarde de ontem o desfecho foi trágico: um tiro na cabeça e a morte.

"Mataram por maldade. Falaram que meu pai reagiu, mas as seis balas estavam intactas no revólver", conta Leandro Villela Babosa, um dos três filhos de Ronoaldo. A vítima foi abordada por dois homens em uma bicicleta, um deles foi preso. Segundo Leandro, no momento do crime, seu pai tinha um revólver na cintura. "Não acho que ele estivesse certo. Mas quando ficava sozinho, por medo da violência, usava a arma", relata. De acordo com o filho, as situações de perigo não desanimavam o pai. "Ele nunca pensou em fechar [o comércio]. Dizia que se tem o diabo para tirar, tem Deus para dar".

Ronoaldo será sepultado às 17h,

Uma arma na mão e sabe se lá que idéia na cabeça são combustíveis da violência em Campo Grande. Desde o fim da tarde de ontem, foram registradas seis ocorrências de roubos. Ou seja, por seis vezes, o simples movimento de apertar um gatilho foi o limite entre a vida e a morte. Diariamente, as estatísticas da violência reproduzem o cenário de uma vítima - seja na farmácia, ponto de ônibus, supermercado, casa ou rua

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