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Cidades

Assembleia na UFMS reúne professores, técnicos e alunos para discutir greve

Mariana Lopes e Viviane Oliveira | 14/06/2012 14:54

No Estado, Aquidauana, Três Lagoas, Paranaíba e Nova Andradina já estão em greve. No Brasil, pelo menos 52 instituições federais de ensino superior aderiram à paralisação.

Assembleia desta quinta-feira, em frente ao RU, todos tiveram direito de pontuar as reivindicações (Foto: Minamar Júnior)
Assembleia desta quinta-feira, em frente ao RU, todos tiveram direito de pontuar as reivindicações (Foto: Minamar Júnior)

Pela primeira vez, uma assembleia reuniu professores, técnicos e acadêmicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). O encontro aconteceu no final da manhã de hoje (14), em frente ao Restaurante Universitário, para discutir sobre a greve dos docentes em Campo Grande.

Na assembléia, cada categoria pontuou a própria reivindicação. Os alunos pediram por assistência estudantil, os técnicos pelo reajuste salarial e os professores por condições de trabalho e restabelecimento de carreira.

De acordo com o professor de Geografia do campus de Aquidauna, Luiz Carlos Batista, os docentes de lá estão em greve desde o dia 17 de maio, além de Três Lagoas, Paranaíba e Nova Andradina. Ao todo, no Brasil são 52 universidades federais que estão em greve.

Sobre o fato de Campo Grande ainda não ter aderido à paralisação, o professor explica que é por causa da divergência dos dois sindicatos que representa os docentes da UFMS, a Adufms (Associação dos Docentes da UFMS), na Capital, e o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), nas demais universidades federais.

Ainda segundo o professor, em Três Lagoas, o sindicato fez uma pauta de reivindicação ao Governo Federal de reestruturação da carreira dos docentes, na qual pedia 10% do PIB para a Educação e autonomia das UFMS – uma luta histórica em defesa do ensino público gratuito no País.

Dessas reivindicações, o Governo criou um GT (Grupo de Trabalho) para discutir a carreira dos docentes, e a partir daí foram agendadas algumas reuniões, mas nenhuma proposta foi formalizada ainda. “Em função dessa situação, o Andes aprovou um indicativo de greve das instituições federais de ensino superior”, explica o docente.

Professor Luiz Carlos Batista (Foto: Minamar Júnior)
Professor Luiz Carlos Batista (Foto: Minamar Júnior)

Ainda segundo Luiz Carlos, a Adufms, no dia 5 de junho, realizou uma assembleia somente com os docentes e deliberou a paralisação a partir do dia 12. Porém, sem quórum para oficializar a greve, uma nova assembleia foi marcada para amanhã, às 14h, na sede do sindicato da Capital.

A greve já foi deflagrada, mas não oficializada legalmente. "Não tinha coro para oficializar, então foi marcada para amanhã uma nova assembléia", afirma Luiz.

O professor conta que a última greve em Campo Grande foi em 2001. “Essa unificação, professor, técnico e acadêmicos, é para fortalecer e ter o apoio dos alunos, que é a razão de existir uma universidade”, diz Luiz Carlos.

Sem querer se identificar, uma acadêmica de Ciências Sociais, do campus de Campo Grande, disse que os alunos apoiam a greve. “Quando os professores têm mais condições de aula, os alunos só tem a ganhar com isso”, enfatiza.

Ela pontua também algumas questões que foram colocadas na reunião, como pedido dos alunos, como o funcionamento do Restaurante Universitário, que não abre aos sábados e nem à noite, moradia estudantil, melhor estrutura da biblioteca, proximidade com a reitoria, entre outras coisas.

De acordo como coordenador geral do Sista, Lucivaldo Alves dos Santos, que representava os técnicos da UFMS, no Brasil a categoria já está em greve desde o dia 11 de junho. E no dia 20, terá uma assembléia para definir a data da paralisão em Campo Grande.

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