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Cidades

Assembleia reforça movimento por valorização da Polícia Federal

Vinícius Squinelo | 06/09/2013 23:13

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul está reforçando a mobilização nacional dos policiais federais pela valorização profissional e melhores estruturas de trabalho, principalmente em áreas de fronteira. O Parlamento Estadual foi o segundo no Brasil a sediar audiência pública sobre o assunto, nesta sexta-feira (6). Com o tema “Policiais federais motivados, sociedade protegida”, o debate reuniu no plenário Deputado Júlio Maia, em Campo Grande, agentes federais, entidades que representam os profissionais no país e integrantes do Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual .

A proposição da audiência pública foi do presidente da Casa de Leis, Jerson Domingos (PMDB), e do vice-presidente, deputado Maurício Picarelli (PMDB). Os parlamentares atenderam solicitação do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso do Sul (Sinpef/MS) para promover o debate de questões como assédio moral e perseguição, valorização profissional e falta de materiais e estrutura necessários para o policiamento preventivo e ostensivo. A primeira audiência pública sobre o assunto foi realizada em Minas Gerais.

“A polícia federal é um orgulho de Mato Grosso do Sul. Hoje, abrimos as portas para os policiais federais, o que é nosso papel enquanto casa da população", afirmou o presidente Jerson Domingos. Já Maurício Picarelli cobrou uma ação mais enérgica por parte do Governo Federal. “A segurança pública deve ser de excelência, mas isso só acontecerá quando os profissionais tiverem condições de trabalho. Sabemos de casos de perseguição, do que sofre o policial e vamos nos unir em uma mobilização também da sociedade”, complementou.

Sem estrutura – O juiz Odilon de Oliveira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, disse que a Polícia Federal está sucateada e os agentes sofrem com desvios de funções, estrutura precária de trabalho e desmotivação. “Até o trabalho de inteligência da PF caiu profundamente e tudo isso repercute no trabalho do Ministério Público Federal, da Justiça Federal e aumenta o descrédito junto à população”, disse.

Ele alertou que os 730 km de fronteira seca em MS (Paraguai e Bolívia) estão praticamente “escancarados”, contando com o monitoramento de somente 97 policiais federais, o que acaba por favorecer a atuação de organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas e de armas e ao contrabando. Segundo o juiz, o Paraguai é o segundo produtor mundial de maconha e a Bolívia está em segundo lugar no ranking mundial da produção de cocaína. “Toda essa estrutura criminosa é favorecida com o sucateamento da Polícia Federal”, afirmou Odilon.

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