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Cidades

Assembléia tira 70% dos policiais civis das delegacias

Redação | 29/04/2009 09:45

Somente 30% dos policiais civis de Mato Grosso do Sul estão nas delegacias nesta quarta-feira, contabilizam entidades sindicais, devido à paralisação de um dia para assembléia do Fórum da Segurança Pública. O grupo foi criado para negociar questões de interesse das categorias com o governo Estadual.

São várias reivindicações e o reajuste salarial é um ponto comum entre policiais civis, agentes penitenciários, bombeiros e policiais militares que participam de assembléia unificada.

O Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) estava lotado na manhã desta quarta-feira. A estimativa é que havia de 600 a 800 pessoas no local. O presidente do Sinpol, Paulo Carvalho, afirma que a reivindicação principal é que até 2014 a categoria tenha o salário redefinido em 60% dos vencimentos dos delegados. Ele acredita em que todo o Estado mais de mil policiais não estejam trabalhando hoje, o que representa 70% da categoria.

Uma cobrança é que o governo cumpra com o compromisso firmado no ano passado de criar a classe de investigador substituto e conceda reajuste salarial de 20%. Porém, afirmou, o governo já sinalizou com aumento de apenas 6%.

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Fernando Anunciação, afirma que a perda inflacionária nos últimos seis anos chega a 30% e que o reajuste informado pelo governo não cobre a defasagem. Ele espera que a movimentação do Fórum surta efeitos.

José Floriano de Mello, presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, explicou que como os militares não podem parar, apenas os que estão de folga compareceram. Ele disse que desde 2005 há pressão do Comando contra a movimentação dos policiais. E afirma que a principal reivindicação é corrigir distorções salariais.

Dentro de uma mesma patente, explica, existe diferença de até 62%, isso desde cabos até coronéis, afirmou. Ele também criticou a possibilidade de abertura de concurso para sargento, que, afirma, traz estagnação aos cabos e soldados, por falta de perspectiva de ascensão.

Ainda hoje será votado indicativo de greve. Caso as categorias resolvam cruzar os braços, os militares não poderão deflagrar greve e a alternativa seria o aquartelamento.

O presidente do Sindjus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul), Noestor Jesus Ferreira Leite, esteve na Assembléia das categorias da Segurança Pública, para propor uma mobilização conjunta com os servidores administrativos do Judiciário, que também deflagraram paralisação de 24 horas nesta quarta-feira.

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