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Cidades

Ataques assustam população e elevam procura por estacionamento

Helton Verão | 14/03/2013 19:32
Blazer, que foi alvo de ataque, é levada por guincho no centro (Foto: Vanderlei Aparecido)
Blazer, que foi alvo de ataque, é levada por guincho no centro (Foto: Vanderlei Aparecido)
Josué diz que não irá estacionar mais em vias públicas (Foto: Vanderlei Aparecido)
Josué diz que não irá estacionar mais em vias públicas (Foto: Vanderlei Aparecido)

Moradores da Capital estão com medo após os ataques criminosos, que atearam fogo em pelo menos sete veículos desde terça-feira (12) no centro e em bairro nobre da cidade. O temor, apesar da ofensiva das forças de segurança pública, elevou em até 7% a procura pelos estacionamentos particulares na região central.

Apesar da ação dos bandidos ter ocorrido à noite, os motoristas estavam temerosos em deixar os veículos nas ruas até durante o dia. “Estou deixando aqui com o coração na mão. Hoje em dia não existe lugar seguro”, comenta a empresária Joana D’Arc, de 50 anos.

Muitos condutores só estacionaram nas vias públicas porque os ataques ocorreram à noite. “Se for no período da noite, só deixo em estacionamentos, nunca mais deixo nas vias”, avisou o bancário Josué Mishimura, de 44 anos.

Os ataques surpreenderam a população. “Assusta, pois Campo Grande sempre foi uma cidade mais tranquila, a forma que está acontecendo deixa a gente com muito medo”, conta a secretária Patrícia da Silva, de 21 anos.

Sandro calcula pelo menos mais 100 veículos no estacionamento que trabalha (Foto: Vanderlei Aparecido)
Sandro calcula pelo menos mais 100 veículos no estacionamento que trabalha (Foto: Vanderlei Aparecido)
Sérgio vê movimento 7% maior hoje (Foto: Vanderlei Aparecido)
Sérgio vê movimento 7% maior hoje (Foto: Vanderlei Aparecido)

Estacionamentos em alta – Os estacionamentos localizados no Centro da cidade registraram aumento na demanda nesta quinta-feira. “O movimento aumentou pelo menos 7% hoje. As pessoas estão assustadas com o que aconteceu”, conta o manobrista Sérgio Miranda, de 41 anos.

Segundo Miranda, o estacionamento onde trabalha funciona em horário comercial, mas após os ataques não seria má ideia estender até a noite.

Em outro estabelecimento, hoje o dia foi de pátio totalmente lotado. “Foram pelo menos 100 veículos a mais de um dia normal. Em um dia como hoje não fica tão lotado assim”, descreve o outro manobrista, Sandro Silvestre, de 36 anos.

Sem presos – Apesar da ofensiva policial na caçada aos bandidos, ninguém tinha sido preso até o início da noite de hoje, segundo a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública).

O titular da Sejusp , Wantuir Jacini, diz que são dois suspeitos, pois segundo relatos de várias testemunhas, eles estão atuando em uma motocicleta de porte pequeno e várias investigações estão sendo realizadas.

Além da PM e  Polícia Civil, estão mobilizados para encontrar os autores dos atentados  os serviços de inteligência da Polícia Militar e da Polícia Federal.

O governador André Puccinelli determinou que seja feito policiamento ostensivo e um conjunto de operações especiais para estabelecer ações de enfrentamento à prática criminosa nos casos de queima de veículos.

A Polícia confirma ataques criminosos em seis casos e investiga o sétimo, que seria um automóvel, recolhido pelo guincho às 3h da madrugada de hoje, no bairro São Bento.

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