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Cidades

Aumentam em quase 300% tentativas de suicídio na Capital

Redação | 16/04/2009 15:39

A quantidade de pessoas que tentaram se matar aumentou quase 300% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008. De acordo com o CVV (Centro de Valorização da Vida), os números são do Corpo de Bombeiros.

O presidente do CVV, Roberto Sinai, diz que somente nos primeiros três meses deste ano, 19 pessoas tentaram suicídio, contra cinco de janeiro a março de 2008. Segundo ele, neste período do ano passado, duas pessoas tiraram a vida contra três em 2009.

Para Roberto Sinai, a situação é ainda mais grave quando analisadas estáticas do Estado, que de acordo com ele, é o primeiro no ranking de suicídios de jovens (15 a 24 anos) e o segundo no de adultos (a partir de 24 anos).

Ele explica que 75% das causas do suicídio estão associadas à depressão, que podem ter origem em diversas situações, entre elas o desemprego. E para Sinai, o desemprego provocada pela crise econômica mundial foi que causou aumento de 25% nas ligações para o CVV em março deste ano.

Segundo Sinai, para evitar que um amigo, um familiar, uma pessoa querida entre nessa estatística, é preciso ficar atento a diversos sinais. Ele explica que na primeira fase, os sintomas de um provável suicida é o isolamento.

Ele se isola dos amigos, deixa de freqüentar aula, trabalho e até deixa de tomar banho. Passa também a navegar em sites que possam estimular o suicídio.

Na segunda fase, a de maturação, o suicida passa a analisar de que forma ele vai tirar a própria vida. "As pessoas pensam que ele se matou porque perdeu a namorada ou porque não passou no vestibular, não é assim. Isso só foi a gota d' água", diz Sinai.

CVV - "O maior antídoto é o desabafo", declara Sinai. O presidente do CVV explica que a entidade trabalha para evitar danos causados por doenças como a depressão.

O CVV atende 24h pelo telefone 141. O custo é de uma ligação normal e é mantido o anonimato. Além disso, também atende pessoalmente de segunda á sexta-feira das 8 ás 17h, com hora marcada. A média é de 2 mil atendimentos por mês.

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