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Cidades

Avião deu looping, entrou em parafuso e caiu de bico, diz testemunha

Mariana Rodrigues | 27/02/2016 09:54
Pertences das vítimas ficaram espalhados próximos ao local do acidente. (Foto: Folha Web)
Pertences das vítimas ficaram espalhados próximos ao local do acidente. (Foto: Folha Web)

Um produtor rural da Fazenda Céu Azul, em Jaguapitã, região metropolitana de Londrina (PR), presenciou o momento da queda e contou detalhes do acidente da aeronave que vitimou o engenheiro Paulo César de Oliveira e a advogada Jane Resina Fernandes de Oliveira, no fim da manhã dessa sexta-feira (27). Segundo ele, o avião deu um looping no ar, entrou em parafuso e caiu de bico.

Paulo Chiararia Junior, produtor rural, em entrevista ao Portal Folha Web, disse que viu toda a cena do acidente. Descreve que quando o avião atravessava uma nuvem carregada, foi possível ouvir um barulho semelhante a uma explosão.

"Depois disso a aeronave fez um looping (um círculo no ar em que fica de ponta cabeça) e logo depois entrou em parafuso e caiu de bico. A cena não durou mais do que 10 segundos", relata. Foi ele quem acionou a Polícia Militar da região e indicou o local do acidente.

Ainda conforme informações do Folha Web, o avião caiu na divisa entre as Fazendas Maristela e Céu Azul. O casal viajava com destino a Londrina e iria renovar o CMA (Certificado Médico Aeronáutico), documento que certifica a aptidão física e mental do tripulante, e que busca limitar o risco à segurança de voo decorrente de problemas de saúde – no entanto, amigos da família informaram que eles tinham viajado para participar de uma festa de aniversário, já que têm familiares no município paranaense.

Testemunhas contaram em detalhes como foi a queda do avião. (Foto: Folha Web)
Testemunhas contaram em detalhes como foi a queda do avião. (Foto: Folha Web)

Por volta das 9h40, horário de Mato Grosso do Sul, o piloto Paulo César, chegou a entrar em contato com a empresa de aviação agrícola Gaivota, localizada próximo ao local do acidente. Fernando Morandi, que estava na escuta do rádio, informou que o piloto chamou a torre e solicitou informações sobre o clima em Jaguapitã, recebendo como resposta que as condições eram boas, o céu estava com poucas nuvens, mas algumas carregadas.

Outra testemunha do acidente, Lúcio Santana, administrador da Fazenda Maristela, contou que uma das peças da aeronave caiu cerca de 200 metros do ponto de colisão e estava distante do rastro de 20 metros formado pelo impacto da aeronave com o solo, o que pode indicar que ela deve ter se soltado do no ar. "O corpo do homem estava mais distante da aeronave e a mulher estava no meio dos destroços", disse.

Investigações - Segundo o Comandante Flávio Borges, do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), a aeronave de prefixo PU-RDC era um ultraleve do tipo Ulac, isto é, uma aeronave com o propósito de construção amadora, que possui Certificado de Autorização de Voo Experimental.

Ele destacou que a investigação do acidente será realizada pelo Seripa V (Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), cuja sede fica em Canoas (RS). A entidade visa detectar fatores contribuintes para a prevenção de acidentes, no entanto, o fato da aeronave ter sido construída de forma amadora sem seguir os padrões impostos pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), pode contribuir para a suspensão das investigações.

Uma das peças da aeronave caiu cerca de 200 metros do ponto de colisão. (Foto: Folha Web)
Uma das peças da aeronave caiu cerca de 200 metros do ponto de colisão. (Foto: Folha Web)
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