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Cidades

Avó de bebê morto diz que já tinha procurado Conselho

Redação | 23/03/2010 07:05

Sheila Toledo, mãe da adolescente de 15 anos que ajudou a matar o próprio filho, em Corumbá e avó do menino, Marcos Antônio Toledo de Almeida, de um ano e um mês, disse ontem que já havia procurado o Conselho Tutelar porque pretendia ter a guarda da criança.

Segundo ela, o menino era maltratado, mas a adolescente se negava a dar a criança para ela. "O ano passado, procurei o Conselho Tutelar para pedir a guarda para mim. Eu ficava com ele a maior parte do tempo e era eu quem o cuidava. Ela não queria cuidar, mas também não queria me dar. Ela falava alto com a criança, se irritava facilmente. Não suportava ver o modo como ela tratava o Marcos. Dava dó, porque ele era muito carinhoso com ela. Já ela, parece que se sentia incomodada com a presença dele", disse, em entrevista ao Diário Online, concedida durante o velório do menino.

A avó afirma que os conselheiros disseram que não poderiam tirar a guarda, porque a adolescente era a mãe e teria que cuidar do bebê. "O problema era que ela não queria cuidar e sentia ciúmes do pouco carinho que eu dava ao meu neto", afirmou.

Marcos Antônio foi morto com oito golpes de facada, dois deles com participação da própria mãe e os outros seis desferidos pelo namorado da garota, Claudinei da Silva Cruz, de 19 anos. Os dois teriam planejado o crime semanas antes, com intenção de se livrar da criança e fugir para o Rio de Janeiro.

A primeira versão, sustentada pela jovem, era de que o namorado teria feito tudo sozinho, por ciúmes, depois ela confessou participação e disse que ajudou a segurar a criança.

Sheila contou que desconfiava de que a filha mentia sobre a autoria do homicídio. "Na noite do assassinato, os policiais bateram em minha porta por volta da meia-noite, e acompanhada de um policial minha filha sentou ao meu lado na cama e acusou o Claudinei de ter matado o bebê. Mas eu desconfiei, porque ela não chorava, nem olhava em meus olhos, ela não me encarou um minuto. Meu coração sabia que ela estava mentindo, mas como eu a acusaria? Sou mãe e não consegui fazer isso", contou, emocionada.

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