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Cidades

Avó de Rogerinho e vereadores pedem "Paz no Trânsito"

Redação | 03/12/2009 11:50

Adriana Mendonça Pedra, avó do menino Rogério Mendonça Pedra da Silva, de dois anos, assassinado em uma briga de trânsito em Campo Grande, e a Câmara Municipal lançaram nesta quinta-feira a campanha Paz no Trânsito, que pede mais tolerância aos motoristas.

Adriana foi à Casa de Leis a convite do vereador Paulo Pedra (PDT), junto com as duas filhas, uma delas, a mãe de Rogerinho, Ariana Pedra. Na tribuna da Câmara, Adriana falou sobre tolerância no trânsito, porte de arma e sobre o sofrimento da família dela.

A avó de Rogerinho fez um apelo para que as pessoas denunciem quem tem arma e não tem porte. Segundo ela, muita gente sabia que o jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves tinha arma e "se alguém tivesse denunciado, evitaria essa tragédia". "Qualquer um pode ser alvejado por um Agnaldo da vida", disse Adriana.

Adriana falou que na opinião dela, quem sai armado, tem a intenção de matar alguém.

Ela diz que percebe que muita gente sente a dor que a família dela está sentindo e que encontra conforto e consolo nessas pessoas. "Encontrei um irmão em cada esquina", diz Adriana referindo-se à pessoas que não são ligadas à família e que demonstram compaixão ao caso.

"Meu neto morreu. Meu marido foi atingido por um tiro. Minha neta assistiu toda a cena. Meu filho participou de uma discussão com o Agnaldo", resume Adriana sobre como está a família dela. Ela disse que a última frase que Rogerinho disse a ela foi: "Vovó, eu te amo muito".

Adriana pediu mais paciência aos motoristas, porque, na versão dela, "o Agnaldo tentou chegar mais cedo em algum lugar e hoje está preso".

Paz no Trânsito - A campanha foi idealizada pelos vereadores João Rocha (PSDB) e Paulo Siufi (PMDB), que é presidente da Câmara Municipal. Segundo Rocha, o nome da campanha já é para tirar a questão da "violência no trânsito".

De acordo com ele, o objetivo é discutir não somente os acidentes e as consequências deles, mas, também, incentivar os debates sobre tolerância.

Conforme o vereador, muita gente utiliza o trânsito como válvula de escape dos transtornos do dia-dia e isso pode resultar em tragédias, como aconteceu no dia 18 de novembro.

O vereador também falou sobre o porte de armas de fogo. "Se você não está armado, no calor da discussão, a última coisa que vai pensar é em atirar em alguém". Para ele, só o fato de não estar armado já evita uma tragédia.

O vereador Paulo Pedra tem a mesma opinião que o colega dele. Paulo Pedra declarou ainda que "o fato dos dois [Agnaldo e Aldemir Pedra Neto] terem discutido, não justifica os disparos".

Na Justiça - Agnaldo já é processado pelos crimes que cometeu: homicídio contra Rogerinho, tentativa de homicídio contra Ana Maria, Aldemir e João Afonso Pedra, e também por porte ilegal de arma de fogo.

O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, aceitou a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) nesta quinta-feira.

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