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Cidades

Avô diz que jornalista foi o único responsável por morte

Redação | 25/11/2009 15:17

O pecuarista João Afonso Pedra, 51 anos, diz que o jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves foi o único responsável pela morte do neto dele, Rogério Mendonça, o Rogerinho, dois anos, após uma briga de trânsito.

O avô, que foi atingido por um dos tiros disparados pelo jornalista, falou com a imprensa pela primeira vez nesta quarta-feira, após prestar depoimento à Polícia Civil.

O pecuarista contou que a camionete estava parada no semáforo da Ernesto Geisel com a Mato Grosso. O sinal abriu e então Agnaldo, que conduzia um Fox atrás da L-200, que permaneceu no local, buzinou. Foi aí, segundo João Afonso, que o caso começou. "A gente estava na frente e foi embora. Não teve fechada nenhuma".

João Afonso fala que o filho dele, Aldemir Pedra Neto, que dirigia a camionete, não saiu com o veículo quando o semáforo abriu, porque estava distraído brincado com Rogerinho e com Ana Maria, de cinco anos.

Segundo João Afonso, após buzinar, Agnaldo seguiu a camionete pela Mato Grosso. Nas proximidades da Calógeras, Agnaldo, João Afonso e Aldemir desceram dos veículos e discutiram. "Não houve briga. Houve discussão".

Na versão do pecuarista, Agnaldo dizia que era jornalista e que mandava na Polícia. "Ele dizia: eu vou f..... a vida de vocês. Eu mando na Polícia", relata João Afonso. Ele diz que avisou Agnaldo que havia crianças no veículo.

Depois da discussão, Aldemir e o pai entraram na camionete e continuaram o trajeto pela Mato Grosso. Quase na esquina com a Rui Barbosa, Agnaldo disparou cinco tiros no veículo. Um atingiu o maxilar do pecuarista e outro o pescoço de Rogerinho, que morreu horas depois na Santa Casa.

O avô de Rogerinho diz que Aldemir não tem culpa do que aconteceu e confirmou que o filho está com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra", declara sobre a situação.

O pecuarista encerrou a entrevista dizendo que não pode conversar muito devido à cirurgia, que ainda está dolorida, agradeceu o trabalho da Polícia e da imprensa e afirma que a família deixou o caso nas mãos de Deus.

João Afonso teve o maxilar reconstruído e saiu sexta-feira (20) da Santa Casa. Ele perdeu todos os dentes.

O avô de Rogerinho chegou à delegacia acompanhado da esposa, das duas filhas

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