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Cidades

Balanço indica solução de 90% dos problemas e aplicativo é aprimorado

Flávia Lima | 12/01/2016 13:16
Sala de monitoramento da SES, onde técnicos acompanham dados enviados por agentes em tempo real. (Foto:Divulgação)
Sala de monitoramento da SES, onde técnicos acompanham dados enviados por agentes em tempo real. (Foto:Divulgação)

Após o início do projeto-piloto de combate à dengue em Mato Grosso do Sul, há duas semanas, técnicos da Secretaria de Estado de Saúde vêm fazendo diariamente o monitoramento das ações desenvolvidas pelo comitê estadual, através da Sala de Situação, localizada na secretaria de Saúde.

De acordo com o coordenador estadual do controle de vetores, Mauro Lucio Rosa, o primeiro balanço foi positivo. Segundo ele, 90% das visitas residenciais realizadas nas cinco cidades escolhidas para o início do projeto foram bem sucedidas.

Ainda conforme Rosa, terrenos sujos e lixo jogado em áreas já limpas pelos agentes são os principais problemas detectados pelo comitê, porém as equipes tem retornado aos locais para resolver os problemas.

"Estamos buscando os responsáveis pelos imóveis através do cadastro imobiliário e enviando notificações. Caso a pessoa não cumpra os prazos, tomaremos medidas judiciais", afirma Mauro Lucio. O coordenador também ressalta que os técnicos do comitê e da Sala de Situação estudam sugerir a algumas administrações que a própria prefeitura realize a limpeza nas áreas e cobre o proprietário pelo serviço.

"Como isso depende de questões legais, ainda é só uma discussão, mas que pode ser levada adiante", diz. Outro ponto avaliado é a eficácia do aplicativo utilizado pelos agentes de saúde, instalado nos tablets onde os técnicos enviam os dados para a Sala de Situação.

Mauro Lucio revela que uma segunda versão da ferramenta já está em desenvolvimento, com o objetivo de detalhar melhor as informações computadas pelos agentes. O sistema atual, desenvolvido pelo Departamento de Tecnologia e Informática da SES, utiliza um aplicativo onde as informações sobre os imóveis visitados e se o agente sofreu alguma barreira, são transmitidas em tempo real.

A nova versão permitirá ao agente detalhar, por exemplo, se na casa visitada há pessoas com sintomas de dengue, zika ou chikungunya. Caso exista, o agente fará uma indicação com um alerta vermelho no aplicativo. Dessa forma, outra equipe, composta pro profissionais de saúde, poderá retornar a residência para verificar se a pessoa buscou atendimento médico conforme indicação do agente.

"Poderemos monitorar as famílias mais de perto e verificar se receberam assistência médica", afirma. Com as inovações do aplicativo, também será possível descrever melhor que tipo de recipiente com focos do mosquito foi encontrado na casa.

A ideia é, no futuro, também associar ao aplicativo, informações sobre leishmaniose. “Temos conseguido bons resultados com esta primeira versão do aplicativo juntamente ao esforço dos municípios que estão empenhados nesta campanha contra o Aedes Aegypti. De acordo com a atuação das equipes e os dados obtidos, vamos atualizar o sistema para que ele seja cada vez mais eficaz”, disse a coordenadora da Sala de Situação, Fátima Cheade.

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