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Cidades

Bebê com doença rara comove e número de doadores cresce 200%

Zana Zaidan | 28/03/2014 17:52
Campanha para curar Timóteo aumentou doações em 200% (Foto: Arquivo)
Campanha para curar Timóteo aumentou doações em 200% (Foto: Arquivo)

Diego Racena, 34 anos, pode não saber, mas a luta para encontrar um doador de medula compatível com o filho Timóteo, que com pouco mais de um mês de vida foi diagnosticado com uma doença autoimune, vai salvar a vida de muita gente.

No setor de captação de medula da Hemorrede de Mato Grosso do Sul, o número de doadores cresceu 200% desde que Diego começou uma campanha nas redes sociais para a cura de Timóteo, no domingo (23).

Hoje, 240 pacientes do Estado aguardam por um doador de medula óssea, e 103.904 estão inscritas como voluntários no cadastro do Inca (Instituto Nacional do Câncer), à disposição para doar. No entanto, não há relação entre os números, já que o banco de doadores é receptores é nacional - um paciente daqui pode encontrar alguém compatível em qualquer lugar, e vice-versa – e as chances de apenas uma em 100 mil.

Os dados ainda não foram oficializados, mas a coordenadora da Hemorrede, Lucéia Maria Fernandes da Silva, estima que 300 novos voluntários se apresentaram desde que a campanha em prol de Timóteo tomou grandes proporções na mídia local. “Em situações normais, não passava de cinco por semana”, afirma.

O banco também não compila a idade dos pacientes que esperam por um doador. “Não é o foco, já que quando existe a compatibilidade, a faixa etária não interfere no sucesso do transplante”, explica Lucéia.

Quando a família de Jonas criou campanha, número de doadores também aumentou (Foto: Arquivo)
Quando a família de Jonas criou campanha, número de doadores também aumentou (Foto: Arquivo)

Doenças autoimunes, acrescenta a coordenadora da Central Estadual de Transplantes de MS, Claire Miozzo, atingem por igual pessoas de todas as faixas etárias. “Parecem ser mais freqüentes crianças acometidas, mas é porque casos como o do Timóteo, que é apenas um bebê, causam maior comoção e são mais divulgados”, opina.

Jonas - O mesmo aconteceu quando Jonas Amorim Rosa, de 1 ano, descobriu que precisava de um transplante de medula, em novembro do ano passado. A busca incessante por um doador por meio da campanha “Doe Vida ao Jonas” também mobilizou os campo-grandenses.

Jonas não encontrou um doador compatível e mantém o tratamento com quimioterapia para controlar a doença e manter os níveis de imunidade. E, para Timóteo, apesar da grande quantidade de voluntários que já se apresentaram, o dia “D” será amanhã, quando equipes do Hemosul farão um mutirão de coleta. Ele também passa por sessões de quimioterapia.

“Campanhas como estas são excelentes. Se a sua medula não servir para o Timóteo ou para Jonas, pode servir para outra pessoa”, acrescenta Lucéia, que explica que, hoje, a Hemorrede “se desdobra” com três funcionários para realizar a captação itinerante de doadores. “Nossa meta é ter mais voluntários pra colaborar com as campanhas”, finaliza.

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