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Cidades

Bebê de 1 ano sofre até conseguir cirurgia na Santa Casa

Redação | 19/08/2008 16:43

Kelly tem apenas 1 ano e 2 meses de idade e já virou mais uma protagonista das deficiências do sistema de saúde de Campo Grande. A menina aguardou por cerca de 24 horas por uma cirurgia de emergência que deve ser feita somente nesta noite na Santa Casa, após muita pressão.

Com hidrocefalia, Kelly tem excesso de líquido no crânio, a menina foi vítima da falta de entendimento entre a Hospital Regional, a Santa Casa e a inércia do MPE (Ministério Público Estadual), que colocam a vida dela em risco.

Conforme a mãe do bebê, Janaína Carvalho Santana, 17 anos, a criança passou mal na segunda, 18, e foi internada no pronto socorro do Hospital Regional. Ela explica que a válvula responsável pela drenagem do líquido acumulado no crânio não está conseguindo cumprir a função e a cabeça da criança aumenta visivelmente.

No Hospital Regional, a mãe foi informada de que existem cirurgiões disponíveis, mas faltam materiais necessários ao procedimento. Na manhã de hoje, o Regional encaminhou um pedido para que a criança fosse internada na Santa Casa. Contudo, a solicitação foi negada.

Já na tarde desta terça, outro pedido foi encaminhado à Santa Casa. A assessoria de imprensa do hospital informou ao Campo Grande News que não existem vagas no CTI (Centro de Tratamento Intensivo), leito que será necessário após o procedimento. Porém, a central de regulação do hospital deu sinal positivo para realizar a cirurgia, desde que o bebê retornasse ao Regional depois.

Até cerca de 17 horas de hoje, o impasse ainda revoltava a mãe de Kelly, que em um gesto de desespero procurou a imprensa. Na tentativa de respostas sobre a situação, a equipe do Campo Grande News procurou a direção dos hospitais, o Ministério Público e o Conselho Tutelar.

A Santa Casa informou que a decisão só dependia do Regional. Já o diretor do HR, José Paquera, informou que válvula para drenagem do líquido do crânio da criança precisa ser substituída e que este tipo de procedimento não é feito lá, há previsões para a realização de intervenção assim somente em 2009.

Paquera disse, ainda, que ligou reiteradas vezes para a Santa Casa na tentativa de transferir Kelly e não conseguiu. Ele informou que o Regional dá o suporte, mas a definição cabia à Santa Casa.

Passos lentos - Já o Ministério Público informou que só poderia agir neste caso se alguém da família fosse até o órgão. Janaína explicou que, sozinha, não poderia se afastar da criança e, ainda, que nunca até esta tarde, havia ouvido falar do Ministério Público.

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