Beira-Mar poderá ter contato com presos do Rio
Traficante ficará em isolamento por 20 dias
O narcotraficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, poderá ter contato com presos do Rio de Janeiro, que foram transferidos para o presídio de Catanduvas (PR) depois do confronto iniciado em novembro entre as forças de segurança fluminense e os bandidos da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, na capital carioca.
Segundo o presidente do sindicato dos agentes penitenciários federais de Catanduvas, João Luiz Jannuzzi, desde que chegou à unidade, ontem, Beira-Mar está em isolamento.
Serão 20 dias sem contato com outros internos e sem banho de sol.
Este é o período de adaptação pelo qual todo preso que chega à unidade passa.
Segundo João Luiz, o tempo é necessário para que a direção do presídio decida em qual ala ficará.
Apenas presos da mesma ala têm contato e o número máximo é de 13 internos, conforme João Luiz.
“Ficam na mesma ala aqueles que têm mesma origem e facção. A direção evita o contato com presos de Estados diferentes”, completa.
O presídio paranaense tem atualmente 179 homens.
Beira-Mar estava em Campo Grande desde 2007, quando veio transferido do presídio de Catanduvas.
Foi divulgado na sexta-feira que a Polícia do Rio de Janeiro investiga o conteúdo de uma carta que teria sido enviada por Beira-Mar a aliados cariocas.
No bilhete, segundo policiais, o bandido revela que enviava cocaína para a Europa e que tinha planos de abrir pelo menos três empresas no Rio de Janeiro.
A reportagem do portal R7 informou que a carta ainda traz comentários sobre homicídios de supostos informantes da polícia (X-9) e de cobranças de dívidas.
Em outro trecho, o bandido cita que, se os endividados não queriam lhe pagar em dinheiro, tinham que entrar como sócios em pelo menos três empresas que ele pretendia abrir no estado.