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Cidades

Bernal não quis manter consultas por telefone, denuncia empresário

Edivaldo Bitencourt e Bruno Chaves | 16/09/2013 16:00
Empresário rebateu secretário em depoimento na CPI (Foto: Cleber Gellio)
Empresário rebateu secretário em depoimento na CPI (Foto: Cleber Gellio)

O diretor-presidente do Consórcio Telemídia e Techonology International, Naim Alfredo Beydoun, em depoimento à CPI da Saúde da Assembleia Legislativa na tarde desta segunda-feira (16), acusou o prefeito Alcides Bernal (PP) de suspender o agendamento de consultas pelo telefone nos postos de saúde. Ele ressaltou que o programa, que custou R$ 9 milhões, está totalmente instalado e só depende da boa vontade política da atual gestão.

Conforme o empresário, ofício encaminhado em janeiro deste ano ao prefeito, o secretário municipal de Saúde, Ivandro Corrêa Fonseca, atestava que o Gisa (Gestão de Informação da Saúde) estava 95% instalado e 96% pago. No entanto, em depoimento na CPI, o secretário disse que o programa estava “95% pago e menos de 15% desenvolvido”.

Beydoun contou que dos 12 módulos do projeto, sete estão em condições de funcionar. Os módulos 1 e 12, incluindo o que permite ao agendamento das consultas, chegou a funcionar em 59 unidades básicas de saúde.

O outro programa, o 11, que permite o agendamento de consultas por telefone, está funcionando em 28 postos. Ele contou que só em janeiro de 2012, 28 mil pessoas conseguiram marcar consultas por telefone, sem madrugar ou dormir na fila.

Ele contou ainda que o consórcio capacitou 2,7 mil funcionários públicos municipais para operar o Gisa. Ele disse que tem a relação de todos os servidores que foram contemplados com a capacitação oferecida pela empresa.

Barato – Ele destacou, em depoimento aos deputados estaduais, que o programa saiu barato para Campo Grande. Em Curitiba, onde o modelo foi baseado, um programa semelhante custou R$ 20 milhões. Em Campo Grande, conforme Beydoun, o projeto saiu por aproximadamente R$ 9 milhões.

O empresário revelou que o Ministério da Saúde fez auditorias e acompanhou a execução do programa em Campo Grande. “O Datasus fez quatro auditorias”, ressaltou, sobre a fiscalização feita pelo Governo federal que manteve o projeto e ainda o citou como exemplo para as demais cidades atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

O programa funcionou até janeiro deste ano, quando o prefeito Alcides Bernal assumiu e paralisou o sistema. “Fizemos vários ofícios para dar continuidade aos trabalhos, mas fomos ignorados”, afirmou Naim Beydon.

Ele citou que o atual sistema que gere o SUS, em funcionamento há 17 anos, foi totalmente instalado em cinco anos. Por isso, segundo o diretor-presidente do consórcio, o Gisa também deve levar um tempo para ser concluído. “O Gisa não está fora do prazo”, comentou.

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