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Cidades

Cabeleireira continua acorrentada no Hospital Regional

Redação | 17/08/2010 18:16

A cabeleireira Edna Lima Bronze, de 33 anos, continua acorrentada em frente ao Hospital Regional desde o início da tarde desta terça-feira. Ela contou ao Campo Grande News que uma equipe do Corpo de Bombeiros foi ao local para tentar convencê-la a ir embora, mas a tentativa foi em vão.

Edna também disse que permanecerá em frente ao hospital até o momento em que agüentar. "Não descarto a possibilidade de passar a noite aqui", revela.

O protesto de Edna é referente à "falta de condições" do sistema de saúde pública. Os problemas dela começaram no final de março deste ano, quando passou a sentir fortes dores abdominais e hemorragia. Os médicos diagnosticaram infecção urinária, prescreveram antiinflamatórios, analgésicos e a liberaram.

No dia 4 de abril foi encaminhada para o Hospital Regional, onde passou por uma radiografia e acabou encaminhada imediatamente para o centro cirúrgico. O diagnóstico do hospital foi o de apendicite.

Ao acordar da cirurgia, a cabeleireira percebeu que além do corte tradicional da cirurgia de apêndice, tinha também um outro, maior, que começava acima do umbigo e terminava no púbis.

Com a chegada dos médicos, foi informada de seu verdadeiro problema: gravidez tubária rota, quando o feto é gerado fora do útero. Com o desenvolvimento da gravidez, a trompa se rompeu e o feto morreu, gerando uma hemorragia não detectada pelos médicos que fizeram o primeiro diagnóstico. O ovário e a trompa esquerda tiveram de ser retirados pelos médicos.

Segundo Edna, os médicos que a atenderam eram nefrologistas, que não conseguiram diagnosticar o problema em tempo hábil. Além disso a cirurgia, que de acordo com ela foi feita por uma cirurgiã plástica, deixou cicatrizes profundas apesar dos quatro meses já passados.

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