Caça às CNHs faz condutores procurarem o Detran
O diretor-presidente do Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito), Carlos Henrique Santos Pereira, se surpreendeu com os resultados da iniciativa de ir atrás dos condutores que tiveram a permissão para dirigir suspensa por embriaguez, não pela quantidade de apreensões de CNHs (Carteiras Nacionais de Habilitação), mas porque isso levou muitos motoristas a se antecipar e entregar voluntariamente o documento. Para cada carteira apreendida, 10 foram entregues espontaneamente.
A campanha começou na expectativa de recuperar 2.140 CNHs (Carteira Nacional de Habilitação) em todo Estado. Em uma semana, foram entregues 520 CNHs de foram espontânea, enquanto 40 foram apreendidas ou recolhidas no trânsito.
Os condutores ainda podem entregar as CNHs de forma espontânea no Detran. Quem não entregar o documento voluntariamente, fica sujeito a ter a CNH cassada, sem poder dirigir por 2 anos, além de ter de refazer todo o processo para retirada de um novo documento.
Já quem entrega a CNH passa por um processo de suspensão e tem de passar apenas por uma reciclagem, conforme explicou Santos Pereira ao Campo Grande News, nesta sexta-feira, na sede do Detran, em Campo Grande. "A campanha fez valer o princípio que a penalidade tem que ser imposta", afirmou.
A campanha de surpreender os condutores em casa continua em janeiro, em Campo Grande. Ainda neste mês, a mesma iniciativa acontece em Dourados (230 km de Capital).
No ano que vem, as apreensões também deverão ser feitas em outras cidades do interior, sem prazo para terminar. A intenção é recolher todas as carteiras suspensas por embriaguez.
Santos Pereira estuda com o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, como fazer essa busca e apreensão já que, conforme o diretor do Detran, é necessário um empenho da polícia nessas operações. "O delegado não pode deixar em 2º plano. Tem que ser prioridade", afirmou.
