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Cidades

Cadeirante "pena" para conseguir acesso à delegacia

Redação | 06/11/2009 14:02

Grávida e com a perna direita quebrada, a catadora de materiais recicláveis Edite Márcia Hegele, de 36 anos, desde agosto passa pelas mesmas dificuldades que pessoas com algum tipo de deficiência ou que, como ela, estão com a mobilidade reduzida.

Mas a surpresa dela veio quando foi ao Cepol (Centro de Polícia Especializada da Capital), na Rua Ceará, nº 2146, no Jardim Autonomista, em Campo Grande, e se deparou com degraus, mas nenhuma rampa de acesso.

Ela afirmou que tem encontrado muitos obstáculos na cidade, no asfalto e nas calçadas, mas ficou espantada ao encontrar o prédio público sem acessibilidade. "Eu não esperava isso não. Fiquei surpresa", contou Edite.

Um policial se prontificou a ajudá-la e ela conseguiu entrar no prédio. "Meu marido segurou na parte de trás da cadeira de rodas e o policial na frente e eles me carregaram. Eu fui muito bem atendida", ponderou. A cena se repetiu na saída dela.

Edite foi ao prédio da Cepol para prestar depoimento sobre o acidente que a deixou temporariamente com a mobilidade reduzida. O acidente aconteceu no dia 25 de agosto. Ela foi separar uma briga perto da casa dela, no bairro Dom Antônio Barbosa, quando acabou empurrada por uma mulher desconhecida para o meio da rua quando um ônibus passava pelo local. No acidente ela teve tíbia, fíbula e patela da perna direita quebradas.

A catadora de materiais recicláveis que trabalha no lixão deverá permanecer com a mobilidade reduzida, em uma cadeira de rodas, durante cerca de 1 ano. Ela já passou por uma cirurgia. A demora na recuperação se deve à gravidade do acidente e ao fato de estar grávida. A gravidez dela é de alto risco.

No Brasil, 24,5 milhões de pessoas ou 14,5% da população possui algum tipo de deficiência ou limitação dos movimentos. Em Mato Grosso do Sul são de 388 mil deficientes, o equivalente a 12% da população.

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