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Cidades

Caminhoneiros liberam trecho da BR-262, mas protesto continua em 5 locais

Caroline Maldonado e Viviane Oliveira | 24/02/2015 13:05
(Foto: Marcelo Calazans)
(Foto: Marcelo Calazans)

Transportadores encerraram a paralisação no quilômetro 366, da BR 262, na saída para Terenos, mas continuam com o protesto no anel viário da BR-163, em Campo Grande e em outros quatro trechos do Estado. Os caminhoneiros querem que o Governo anuncie a redução do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) sobre o combustível, de 17% para 12%.

Caso o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) não se manifeste, o protesto continuará nos próximos dias, segundo o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos, Osni Belinati. Conforme o sindicalista, os caminhoneiros estão decididos a seguir com a paralisação por tempo indeterminado.

“Se não recebermos uma sinalização do governo, vamos ficar mais 15 dias aqui. Não queremos nada de mais, só a redução da pauta do ICMS, que influencia no preço do diesel”, comentou Osni, ao informar que a manifestação terminou na saída para Terenos, porque o movimento de caminhões era baixo, já que a maioria está no anel viário da BR-163.

Esse é o quarto dia de protesto. No dia três desse mês, quando a presidente Dilma Rousseff veio à Campo Grande, os caminhoneiros fizeram outra manifestação. Os secretários estaduais de Governo, Eduardo Riedel e da Casa Civil, Sérgio de Paula, foram até a BR-163 e marcaram reunião, que aconteceu no dia seguinte, quando os empresários apresentaram as reivindicações, mas nada ficou definido.

O governador informou, há pouco mais de uma semana, que pretende aprovar lei para reduzir a alíquota do ICMS do óleo diesel até a metade deste ano. A data indefinida não agradou as empresas transportadoras e autônomos. “Isso é promessa. Nós ficamos oito anos esperando promessa dos ex-governadores, Zeca do PT e André Puccinelli e agora se não tomar essa providência vai ser mais oito anos do Reinaldo”, reclamou Osni.

Há 36 anos como motorista Valmir Celin, 57 anos, concorda com a continuação da manifestação. Segundo ele, nessas décadas mudou muita coisa para o caminhoneiro, mas para pior. “Subiu o custo de vida e o frete parou no tempo. Se continuar assim, todos nós vamos falir. Eu ficaria a semana toda aqui se for preciso para que o governo dê uma solução”, disse.

Por conta do preço do diesel e baixo valor de frete, algumas trasportadores já tiraram caminhões das estradas, segundo o sidicalista. “Eles (governo) querem acabar com os caminhoneiros, exterminar a classe. Se esquecem que é o caminhoneiro que transporta o Brasil”, disse Osni.

Paralisação – Os caminhões fazem fila nas rodovias, permitindo apenas a passagem de ônibus, carros e ambulâncias. A mobilização ocorre em São Gabriel do Oeste, no km 614, da BR-163.

Em Dourados, a manifestação acontece nos km 256, km 274 e km 07, da BR 463. Nesse último, o trânsito foi liberado para veículos de carga perecível e viva.

De acordo com a CCR MSVia, está interrompido também o trânsito na BR-163, nos quilômetros 270, 463 e 614.

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