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Cidades

Campanha e incentivo não surtem efeito e cesárea supera parto normal

Aliny Mary Dias | 15/10/2014 10:56
Números de cesárias em comparação com partos normais são maiores no MS e na Capital(Foto: Divulgação/Ministério da Saúde)
Números de cesárias em comparação com partos normais são maiores no MS e na Capital(Foto: Divulgação/Ministério da Saúde)

Considerada uma epidemia pelo Ministério da Saúde, a grande quantidade de partos cesários em comparação com o método normal assusta autoridades e é asunto, há pelo menos 10 de anos, de ações da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e do Ministério da Saúde. Em Mato Grosso do Sul, em 2012, 59% dos partos foram cesários, em Campo Grande o número é ainda maior e chega a 65% do total de procedimentos.

De acordo com dados do DATASUS, o sistema de informações do Ministério da Saúde, em 2012 foram registrados 41.876 partos no Estado. As cesárias predominaram e chegaram a 25.035 contra 16.829 normais.

A quantidade de cesárias é ainda maior em Campo Grande, os dados revelam que em 2012 foram feitos 15.101 procedimentos na Capital e 9.942 deles precisaram de intervenção cirúrgica. De parto normal nasceram 5.159 bebês em Campo Grande, o que representa 34% do total.

Segundo anunciado ontem (14) pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, começam a valer hoje novas ações para diminuir a quantidade de partos cesários considerados “desnecessários”. Entre as novas ações está a divulgação que deverá ser feita para as gestantes, por parte de planos de saúde, sobre as taxas de partos normais e cesáreas por cada unidade de saúde ou médico.

O ministério prevê ainda a apresentação do partograma, um documento que deverá conter as anotações do desenvolvimento do trabalho de parto, das condições maternas e fetais. O documento será parte do processo para pagamento do parto.

Ainda está prevista pelo Ministério a distribuição, pelos planos de saúde, do Cartão da Gestante com a Carta de Informação à Gestante, instrumento para registro das consultas de pré-natal, com orientações e dados de acompanhamento da gestação.

As operadoras dos planos de saúde devem enviar os dados à ANS entre 24 de outubro até 23 de nobvembro.

Riscos – De acordeo com o Ministério da Saúde, a cesariana, quando não tem indicação médica, ocasiona riscos desnecessários à saúde da mulher e do bebê: aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe.

Cerca de 25% das mortes neonatais e 16% dos óbitos infantis no Brasil estão relacionados a prematuridade. Atualmente, o percentual de partos cesáreos chega a 84% na saúde suplementar.

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