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Cidades

"Campesinos" bolivianos se armam e cercam Santa Cruz

Redação | 18/09/2008 13:32

Milhares de "cocaleros", "campesinos" e indígenas favoráveis ao Governo de Evo Morales cercam a cidade de Santa Cruz em cinco pontos de bloqueio.

A marcha até Santa Cruz se deteve para aguardar o diálogo que se inicia hoje entre o governo boliviano e os prefeitos opositores da "meia lua", região que detém a maior parte das riquezas do país e que busca autonomia.

Os manisfestantes ameaçam ingressar na cidade para recuperar as instituições públicas tomadas pelos opositores.

Segundo o presidente da Confederação de Povos Indígenas do Oriente Boliviano, Adolfo Chávez, em todos os pontos de bloqueio os camponeses estão armados de paus, facões, dinamite e armas de fogo.

Mais de 7.000 pessoas estão mobilizadas sobre a ponte Ichilo, na rodovia Cochabamba-Santa Cruz, e o vice presidente das Seis Federações de Cocaleros do Trópico de Cochabamba, Asterio Romero, informa que o movimento está ganhando mais adesões. Asterio anunciou que devem se juntar ao grupo mais 5.000 trabalhadores mineiros e mais grupos cocaleros.

"Vamos avançar a qualquer momento para Santa Cruz, faremos um cerco no segundo anel (a cidade é dividida em setores pelas ruas principais circulares) para pedir ao Conalde (Conselho Nacional Democrático) que apóie a aprovação da nova Constituição que recolheu as demandas de todas as regiões, inclusive das que pretendem a autonomia", diz Romero.

A Administradora Boliviana de Rodovias informou que existem outros quatro pontos de bloqueio, entre Santa Cruz-Camiri, Cochabamba-Santa Cruz (Tiquipaya), Santa Cruz-Trinidad e Santa Cruz-Chané.

Os dirigentes da mobilização afirmam que cerca de 12.000 pessoas já aderiram ao movimento.

O major Juan Carlos Ramos, chefe da Polícia Departamental de Santa Cruz disse que há 48 horas 200 policiais se encontram em cada ponto para evitar enfrentamentos entre opositores do governo e os participantes da marcha.

Com informações do jornal boliviano La Prensa.

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