Capital acorda com lama e destruição

Campo Grande amanheceu neste domingo com as marcas do temporal que caiu no início da noite de ontem. A região Leste foi a mais atingida, com casas inundadas e trechos das principais avenidas transformados em rios.

Na Afonso Pena, ainda é possível ver entulhos e restos de placas levados pela enxurrada. A praça municipal, que ainda está em obras em frente ao Shopping Campo Grande, teve a cerca parcialmente destruída.

Na Via Parque, que na noite de ontem ficou com água acima de um metro, tem lixo por toda sua extensão.

Na rua Marques de Herval, no Bairro Nova Bahia, casas e um salão de beleza também foram inundados. "Parecia um mar de lama que descia a rua com muita força. O problema aqui é antigo porque a pavimentação foi feita, mas sem boca de lobo para escoar a água que desce dos outros bairros", protesta a moradora Lauriane Schwab de Morais.

Ricardo Brandão - Mas a grande destruição ocorreu avenida Ricardo Brandão, prolongamento da Fernando Correa da Costa. O córrego prosa transbordou, levando todo o asfalto junto.

No trecho entre a rua Nova Era e a avenida Ceará, a pavimentação foi completamente destruída pela enxurrada, ficou como uma estrada de terra.

Mais a frente, no condomínio Cachoeirinha I e II, a quadra de esportes virou uma cratera.

Moradores da região saíram à rua nesta manhã para verificar a proporção do estrago, depois do susto de ontem.

O engenheiro Noeli Aléssio, de 58 anos, defende que a única solução para evitar prejuízos à população é desapropriar as casas no entorno dos córregos. "Nunca vi uma chuva como essas".

Outro engenheiro, que também passou pelo local para verificar os danos, Carlos Fujinaka, diz que "se a prefeitura começar a fazer logo os serviços vai demorar mais de 200 dias para ficar pronto".

As duas pistas da Ricardo Brandão foram fechadas para o tráfego.