Capital reduziu investimento em 30% apesar de ter R$ 623 milhões em caixa
Campo Grande foi uma das 14 capitais brasileiras que terminou 2015 reduzindo investimento em obras públicas. Conforme levantamento da Frente Nacional de Prefeitos, a instabilidade política e um déficit mensal de R$30 milhões, acabaram comprometendo o andamento das obras.
Os investimentos caíram de R$ 143,5 milhões (em 2014), para R$ 100,2 milhões no ano passado, muito embora a Prefeitura tenha uma carteira de projetos e obras de R$ 623 milhões com recursos assegurados, verba do orçamento da União , R$ 173 milhões, e de um empréstimo de R$ 450 milhões, obtido com um empréstimo junto à Caixa Econômica.
Parte deste dinheiro dos empréstimos, R$ 34 milhões, é destinado a contrapartida das obras dos Parques Lineares Bálsamo e Segredo, orçadas em mais de R$ 80 milhões, paradas só com 30% do serviço pronto. O PAC Segredo, orçado em R$ 40 milhões, parou por duas razões.
A empreiteira ( Construtora São Luiz) quer reajustar o valor do contrato (a Caixa não autoriza) e a Prefeitura não viabilizou R$ 3 milhões para pagar a indenização de 32 imóveis que terão de ser desapropriados.
São terrenos e casas que ficam no trajeto planejado para o prolongamento da Avenida Heráclito Figueiredo até a Avenida Zulmira Borba, passando pela Marques de Herval, no Bairro Nova Lima. A segunda etapa do Parque Linear do Balsamo, prolongamento até Rua Victor Meirelles até a Avenida Guaicurus, perto do Museu José Antonio Pereira, travou da desapropriação de aproximadamente 100 imóveis ao custo de R$ 12 milhões.
O projeto da Mobilidade Urbana conta com R$ 116 milhões (também dinheiro de empréstimo) e depende da liberação de R$ 50 milhões do orçamento da União, para a implantação do corredor Norte, ligação entre os terminais General Osório e Nova Bahia,com o recapeamento de vias como a Avenida Cônsul Assaf Trad.
O projeto contempla a construção de um viaduto na rotatória das avenidas Interlagos e Gury Marques (R$ 35 milhões;o corredor sudeste (ligação dos terminais Guaicurus ao Morenão) e construção de quatro novos terminais, reforma do terminal Morenão (R$ 12 milhões).
Os terminais estão projetados para a Avenida dos Cafezais (na saída para São Paulo); Avenida João Arinos (saída para Três Lagoas); conjunto Parati e no Bairro São Francisco. Há recursos ainda (R$ 75 milhões) para a construção de uma central de monitoramento do transporte e trânsito,em frente do Horto Florestal e implantação de um novo sistema de semaforização, interligação por fibra óptica.
Obras com recursos viabilizados
PAC Segredo/Balsamo - R$ 80 milhões (só 27% concluído)
Qualificação de Vias Urbnas - R$ 196 milhões -
Recurso de contrapartida assegurada - R$ 26 milhões
Mobilidade Urbana - R$ 167 milhões
Urbanização do Anhandui - R$ 42 milhões da União e R$ 26 milhões de contrapartida
Central de Monitoramento do Transporte e Trânsito - R$ 72 milhões