ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Encontro em motel há 6 anos teria motivado morte de manicure

Viviane Oliveira e Luana Rodrigues | 17/02/2016 11:29
Foto que foi tirada no dia que Gabriela se apresentou à Polícia. Ela está bem diferente do retrato que foi tirado antes do crime. (Foto: Marcos Ermínio)
Foto que foi tirada no dia que Gabriela se apresentou à Polícia. Ela está bem diferente do retrato que foi tirado antes do crime. (Foto: Marcos Ermínio)

Relacionamento que ocorreu há 6 anos foi o que motivou Gabriela Antunes dos Santos, 20 anos, a matar a manicure Jennifer Nayara Guilhermete de Moares, 22 anos, no dia 15 de janeiro, no local conhecido como Cachoeira do Céuzinho, região do Inferninho, a 800 metros da MS-080, saída para Rochedo, em Campo Grande.

Na segunda-feira (15), Gabriela, principal suspeita de ter cometido o crime, se apresentou à polícia. O delegado Alexandre Evangelista, responsável pelo caso, contou detalhes do resultado da investigação durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta (17), na DGPC (Delegacia Geral da Polícia Civil.

Orientada por um advogado, Gabriela não quis participar da coletiva. Além da jovem, uma adolescente que foi apreendida e outra mulher, Emilly Karoliny Leite, 19 anos, presa logo após o homicídio, são suspeitas de participação no crime.

Conforme a autoridade policial, Gabriela, que é dona de um bar, relatou que em novembro do ano passado, durante conversa com uma cliente de 31 anos, ficou sabendo que Jennifer tinha tido um caso amoroso com seu marido, Alisson Patrick Vieira. O encontro ocorreu em um motel, próximo à uma universidade na Avenida Tamandaré, há 6 anos. No entanto, a suspeita entendeu que o caso havia sido recente.

Furiosa com a informação, Gabriela passou a ligar para uma amiga de Jennifer, que fez a ponte para que as duas se encontrassem e resolvesse a situação. No dia 6 de janeiro, nove dias antes do crime, a acusada passou a mandar mensagem de celular para a vítima a ameaçando.

No dia 15, Gabriela mandou mensagem para Jeniffer combinando um encontro. A suspeita já havia planejado tudo com a adolescente e Emilly. “A Gabriela, então, pegou o carro Sonic, de cor branca, no lava-jato de Alisson e foi ao encontro da vítima”, diz o delegado.

Delegado, de camisa azul, explica com detalhes como ocorreu o crime. (Foto: Marcos Ermínio)
Delegado, de camisa azul, explica com detalhes como ocorreu o crime. (Foto: Marcos Ermínio)

Jennifer fazia a unha na casa de uma cliente, quando recebeu a ligação de Gabriela. Ela saiu dizendo que resolveria uma desavença e entrou no veículo.

Gabriela não sabia o caminho da cachoeira do Céuzinho e foi orientada pela adolescente que conhecia o lugar. Durante o caminho, Jeniffer confirmou o encontro e teria chamado Gabriela de corna.

“Segundo a suspeita, Jennifer a chamou de corna e disse que a mãe dela também era também, pois havia saído com o padrasto dela também”, detalha o delegado.

Inicialmente, Gabriela contou que só daria um susto na vítima raspando a cabeça dela e a deixando feia. Porém, quando as quatro chegaram no local e desceram do veículo, Emilly foi urinar e a adolescente e Gabriela passaram a coagir Jennifer. “Gabriela contou em depoimento, que neste momento atirou três vezes e um dos disparos acertou o rosto da manicure. Ela caiu de uma altura de 20 metros”, diz a autoridade policial.

Segundo o delegado, exame necroscópico mostrou que vítima morreu por causa da queda. Ela teve uma fratura na coluna cervical.

Depois do crime, a arma e os objetos da vítima foram jogados na cachoeira. Gabriela, então, levou as duas para a casa e se escondeu em uma chácara na saída para Três Lagoas, na Capital. “Gabriela foi a mentora e a executora do crime. Ela foi retratada pelas testemunhas como uma pessoa extremamente fria e dominadora, no entanto, no depoimento ela chorou e disse que está arrependida.

Gabriela foi indiciada por homicídio qualificado por motivo torpe e emboscada, corrupção de menores e posse de arma de fogo. Já Emilly teve o mesmo indiciamento, com exceção do revólver. A adolescente de 16 anos também responde por ato infracional.

Mensagens trocadas por Jennifer e Gabriela. (Foto: Marcos Ermínio)
Mensagens trocadas por Jennifer e Gabriela. (Foto: Marcos Ermínio)
Nos siga no Google Notícias