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Capital

"Lota porque a gente não deixa de atender", diz diretor de HR

Paula Vitorino | 21/12/2012 16:50
Pronto-socorro lotado é problema no HR. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Pronto-socorro lotado é problema no HR. (Foto: Rodrigo Pazinato)

“A gente fica lotado porque não nega atendimento. Não fica nas condições ideais, mas é atendido para não morrer”, justifica o diretor do Hospital Regional de Campo Grande, Ronaldo Queiroz, sobre o corredor do pronto-socorro lotado de pacientes em macas esperando por atendimento.

O cenário de superlotação é diário no pronto-socorro e impressiona até quem está habituado ao hospital, e trabalha diariamente no prédio.

O diretor diz que o hospital é referência nos atendimentos de casos graves, com exceção de traumas, e por isso recebe pacientes da Capital e do Interior, que precisam de atendimento com urgência.

“Pela regulação, ligam e falam que precisam de atendimento pro paciente não morrer, mas a gente diz que está cheio, não tem vaga, aí o paciente vem pro hospital e como não tem quarto tem que ficar esperando vaga numa maca, mas ele é atendido”, exemplifica.

Ele conclui que se “fechar a porta, o paciente morre, então, é melhor ele ficar esperando sem as condições ideais do que ele não ser atendido”.

O diretor explica que o primeiro procedimento é realizar os atendimentos de emergência necessários para garantir a vida do paciente e depois ele aguarda uma vaga no quarto. A espera acontece no corredor, em meio a outras pessoas doentes e acompanhantes.

Uma das alas em obras que servirá para os leitos de repouso do pronto-socorro.
Uma das alas em obras que servirá para os leitos de repouso do pronto-socorro.

Sobre os riscos à saúde do atendimento feito sem as condições adequadas, o diretor descarta o aumento de infecção. “Essa história é mito”, diz.

Isso por que, segundo ele, as condições não são ideais, mas os cuidados de higiene para evitar transmissão de doenças e infecções continuam sendo tomados normalmente.

Ele afirma que o HR está regular com todas as licenças e alvarás exigidos para o funcionamento do hospital.

Solução – A expectativa de resolver a superlotação ou pelo menos diminuir o quadro, é a reforma do pronto-socorro, que ampliará em dobro os leitos – hoje são cerca de 40 e passará para 80.

As obras foram iniciadas há 2 anos, com investimento de cerca de R$ 5 milhões, e estão previstas para serem concluídas em janeiro de 2013.

Após a inauguração, o pronto-socorro será transferido para espaço próprio, embaixo do local onde hoje funciona. Os atendimentos atualmente são realizados provisoriamente no espaço onde deveria ser exclusivo para os pacientes do ambulatório.

O novo pronto-socorro terá espaço exclusivo para atendimento de pacientes com distúrbios psicológicos, com segurança apropriada.

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