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Capital

"Medo", diz vítima de homem que aterroriza mulheres na Capital

Ricardo Campos Jr. e Viviane Oliveira | 24/01/2016 11:19

“Fiquei com medo de ele jogar o carro em cima de mim e fazer alguma coisa”, diz, transtornada, a auxiliar de serviços gerais de 29 anos que foi vítima de um homem que tem aterrorizado mulheres no Jardim Bela Vista. Ele anda em um Ford Ka vermelho, aborda as vítimas completamente nu e se masturba na frente delas.

O fato ocorreu no dia 19. A mulher, que pediu para não ser identificada, desceu do ônibus na Avenida Eduardo Elias Zahran, como faz todos os dias, e seguiu a pé para o serviço, a três quadras do ponto.

A rua não é muito movimentada. No meio do caminho, ela avistou o veículo pela primeira vez, parado em uma esquina. A vítima, porém, acredita que o suspeito não tenha agido imediatamente porque havia um homem passando pelo local.

O rapaz deu a volta no quarteirão e abordou a auxiliar de serviços gerais na quadra seguinte. Ele a fechou com o veículo, abriu a porta do passageiro e começou a se masturbar.

“Eu saí andando e gritando e ele veio atrás de mim. Nisso, passaram outros veículos na rua e ele foi embora. Era moreno claro, tinha estatura média. Não era nem gordo, nem magro e aparenta ter uns 27 anos”, lembra a vítima.

A mulher chegou ao trabalho chocada e contou às colegas o que havia acontecido e, para a surpresa dela, descobriu que o suspeito já as havia atacado também.

“Estou com medo. Na quarta-feira, eu estava muito assustada e qualquer carro que se aproximava eu pensava que era ele. É preocupante, pois as vítimas, sendo mulheres, não têm como medir força com ele”, opina a auxiliar de serviços gerais.

A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) está a procura do suspeito e ainda não há informações se ele foi encontrado. A vítima conseguiu anotar apenas algumas letras e números da placa do Ford Ka vermelho: HRL 08.

Só há, por enquanto, dois boletins de ocorrência contra o suspeito, já que quatro vítimas se juntaram para fazer um único registro. Uma delas foi atacada duas vezes. “É revoltante, porque se elas estivessem com roupas curtas, iriam dizer que é por conta das roupas, mas a gente vai para o trabalho de calça, de vestido longo e sem decote”, afirma.

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